Os números dos casos do novo coronavírus, registrados na última semana, mantêm o formato adotado no último decreto municipal, com o toque de recolher começando às 22 horas. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada ontem (24), na prefeitura de Campo Grande. De acordo com o prefeito Marquinhos Trad, os casos passaram pela semana de pico e se encaminham para a redução no número de casos identificados. “É verdade que na 32ª, 33ª e 34ª semana houve o crescimento, agora, há a estabilização, existem leitos vazios, é importante dizer que ninguém até agora faleceu sem assistência médica”, disse.
De acordo com o último boletim divulgado pela Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública), apenas na última semana, Campo Grande registrou mais de 2,7 mil casos da doença, cerca de 200 casos a menos se comparado com a semana anterior. A promotora Filomena Fluminhan, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Defesa da Saúde, aponta que apesar dos registros, os índices de ocupação nos leitos de UTI acompanham essa redução. “Analisando os dados da última semana em relação ao número de casos contaminados, de internações e também a taxa de ocupação de leitos, como não houve nenhuma piora, pelo contrário, houve uma estabilização, nós entramos em acordo de manter o toque de recolher às 22h”, pontuou.
O primeiro-secretário da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) Roberto Oshiro, está satisfeito com as medidas tomadas em relação ao comércio. “É preciso olhar com cuidado para a situação do comércio, diferente das grandes capitais, aqui nós não temos o mesmo poder de compra e caso um estabelecimento ‘quebre’ é muito difícil que ele consiga se reerguer”, apontou. A reunião ainda contou com a presença da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. O atual decreto é valido até a próxima segunda-feira, dia em que uma nova reunião deve ocorrer, para que haja o estudo dos dados registrados no município.
(Texto: Amanda Amorim)