A Prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa da Capital iniciaram as discussões para reajustes de uma possível renovação de convênio. Representantes do Município estiveram nesta quarta-feira (28) na Unidade para debater os termos.
Conforme a proposta, a composição seria de R$ 500 mil do município e R$ 1 milhão do Governo do Estado, a serem acrescidos ao valor atual de R$ 28 milhões, perfazendo aproximadamente R$ 29,5 milhões por mês ao hospital. A proporção de recurso é maior por parte do Governo do Estado como forma de compensar minimamente a discrepância em relação ao custeio do hospital, conforme acordo feito por intermédio do Ministério Público Estadual.
Entretanto, a diretoria da Santa Casa entendeu que o recurso seria insuficiente para atender suas necessidades e se comprometeu a apresentar uma contraproposta.
O convênio com a Santa Casa vence no dia 30 de setembro e a não assinatura de um novo termo aditivo poderá inviabilizar o repasse ao hospital, conforme explica o Procurador-Geral do Município Marcelino Pereira dos Santos.
“É necessário que o termo aditivo seja assinado e publicado, para que o município possa repassar o recurso previsto em contrato para o hospital. Por isso, a necessidade de que haja esse entendimento em tempo oportuno”.
Nos últimos cinco anos, o hospital recebeu aproximadamente R$ 1,6 bilhão em recursos públicos, além de repasses pontuais provenientes de portarias, emendas e incentivos. Neste período, o aumento no valor repassado foi de mais de R$ 85 milhões, quando considerados apenas os recursos previstos em contrato provenientes do Governo Federal, Estado e Município.
Funcionários da Santa Casa entram em greve
Profissionais do setor da saúde da Santa Casa de Campo Grande deflagraram greve na manhã de quarta-feira (28), para reivindicar o reajuste salarial da categoria. Em decisão divulgada ontem (27), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou o fim da greve e estipulou multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
O setor de enfermagem da Santa Casa conta atualmente com 1.400 profissionais, que cobram o reajuste de 10,16% retroativo a maio, mês da data-base. A remuneração atual da categoria é de R$ 1.750 para técnico de enfermagem e R$ 4.100 para enfermeiro padrão.
Mesmo com a greve o presidente do Siems assegura que os atendimentos médicos serão mantidos na Santa Casa, com 50% do quadro de profissionais.
“Nós estamos atendendo com 50% do quadro, a categoria tem uma defasem de aproximadamente 300 profissionais, trabalhamos sobre carregados e diante a greve decidimos que somente a metade iria aderir”, explica.
Com informações da jornalista Lethycia Anjos e da Prefeitura de Campo Grande.
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