Polícias tentam identificar ladrão do pé de Manoel de Barros

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As polícias Militar e Civil de Mato Grosso do Sul iniciaram ontem (20) uma força-tarefa de busca por imagens de câmeras de segurança da Avenida Afonso Pena e de seu entorno, na região central da Capital, para tentar identificar quem foi o vândalo que levou um dos pés da estátua em homenagem ao poeta Manoel de Barros.

Instalada em dezembro de 2017 para homenagear o escritor símbolo do Estado, a peça sempre foi alvo principalmente de moradores de rua, interessados nas peças de bronze para revenda posterior. Mas a astúcia desta vez chamou a atenção, revoltou fãs de literatura e artes e mobilizou as gestões de Marquinhos Trad (PSD) e de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Um dos motivos para isso é o fato de que sequer a data do crime é sabida. Pode ter sido no fim de semana, na última segunda-feira (19), quando de fato transeuntes notaram a ausência dos pés de Barros no monumento. Por um lado, as pastas referentes à Cultura das duas esferas já se mobilizaram para ver como restaurar a obra, o que deve acontecer até o fim desta semana, pelo menos o lançamento do projeto.

Pelo lado criminal, também há a mobilização. A Polícia Militar divulgou nota onde diz que iniciou o trabalho de verificar as imagens captadas por câmeras da região e também a patrulha de locais onde geralmente moradores de rua revendem esses materiais em busca de dinheiro.

A corporação admitiu que é difícil para suas equipes responsáveis pelo Centro de fazer uma patrulha constante do local da estátua.

A Fundação de Cultura do Estado – que se disse “estarrecida” pelo episódio – fez um boletim de ocorrência no 1º DP (Centro), que vai se integrar à força-tarefa de identificação do furto do pé. Por enquanto, não há novidades.

Já a Secretaria Municipal Especial de Segurança e Defesa Social, por meio de sua assessoria, apontou que recebeu determinação para diligenciar no local onde se encontra o monumento e suas adjacências a partir de agora. Novamente, foram citadas as câmeras como o fio de esperança para se conseguir a identificação do vândalo que abalou Campo Grande neste ano.

“Com as imagens captadas naquele perímetro nos últimos 30 dias, será possível verificar se realmente foi um ato de vandalismo ou acidente em razão do desgaste da estrutura da estátua”, aponta o texto.

Texto: Rafael Ribeiro

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