Organizações expõem espécies mortas na frente da sede do Dnit

Protesto
Foto: Marcos Maluf

Na manhã de ontem (15), quem passava em frente ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), em Campo Grande, se deparou com restos mortais de animais silvestres de várias espécies, expostos no canteiro central.

A ação foi realizada por algumas instituições de defesa dos animais, que solicitaram ao Dnit mais agilidade em projetos para rodovias do Estado, com intuito de diminuir atropelamentos.

Para as entidades defensoras da fauna, várias rodovias estaduais e federais oferecem risco à vida dos animais, mas a que mais precisa de providências imediatas é a BR-262, que liga Campo Grande a Corumbá, cortando o Pantanal sul-mato-grossense.

“Nós sabemos que o Dnit já tem um plano pronto, só precisam fazer acontecer. Além disso, investir em estradas mais seguras é um benefício não só para os animais, mas também para as pessoas que transitam por ali, porque animais nas rodovias também é motivo de vários acidentes”, disse Gustavo Figueiroa, da organização SOS Pantanal, uma das organizadoras do ato.

O presidente do Dnit, Euro Nunes Varanis Junior, explicou que realmente já existe um plano, mostrando os pontos mais críticos das estradas sul-mato-grossense. “Ainda não temos nada oficial, por parte do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), mas os projetos foram repassados para a bancada federal”, afirmou.

Conforme o representante do departamento, o plano inclui um estudo que mostra quais são os pontos da estrada com mais vulnerabilidade. “Agora, estamos dependendo da aprovação da bancada federal”, finalizou.

Dados

De acordo com dados divulgados pelo Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), de 2017 a 2020 foram, aproximadamente,6,5 mil animais mortos, nas rodovias de Mato Grosso do Sul.

Desses, 363 eram espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada, a onça parda e o tamanduá bandeira. Além disso, cerca de 90% dos atropelamentos não são propositais e geralmente são causados por alta velocidade e falta de ações de proteção, como a instalação de cercas em áreas de risco.

Por Tamires Santana – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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