OMS classifica talco como “provavelmente cancerígeno para humanos”

Foto: imagem ilustrativa/banco de imagens
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Na última sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), emitiu uma nova classificação que rotula o talco como “provavelmente cancerígeno para humanos”. Esta decisão, publicada na renomada revista The Lancet Oncology, baseia-se em evidências que sugerem uma ligação entre o uso de talco e o aumento do risco de câncer no ovário.

Especialistas apontam que a exposição ao talco geralmente ocorre pelo uso de cosméticos, especialmente na região perineal. O uso prolongado e frequente desses produtos pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, conforme destacado pelos estudos analisados pela IARC.

Desde a década de 1970, cientistas observaram associações preocupantes entre minerais de talco e minas de amianto, uma substância amplamente reconhecida por seu potencial cancerígeno. Embora o talco comercializado atualmente teoricamente não contenha amianto, a possibilidade de contaminação não pode ser totalmente descartada.

A nova classificação da IARC pode pressionar empresas que fabricam produtos à base de talco a considerar reformulações ou alternativas mais seguras. Isso é particularmente relevante para grandes fabricantes de cosméticos, que podem enfrentar um aumento na vigilância regulatória e na demanda por produtos livres de talco.

A preocupação com a contaminação por amianto no talco é ilustrada pelos processos judiciais enfrentados por empresas como a Johnson & Johnson. A gigante dos cosméticos tem sido alvo de diversas ações legais movidas por consumidores que alegam ter desenvolvido câncer após o uso prolongado de talco. Esses casos destacam a necessidade de uma avaliação rigorosa e transparente dos riscos associados ao uso de produtos contendo talco.

Diante dessas novas informações, especialistas recomendam que consumidores estejam cientes dos potenciais riscos e considerem alternativas aos produtos à base de talco. As autoridades de saúde pública e órgãos reguladores podem aumentar as campanhas de conscientização para informar a população sobre os possíveis perigos.

 

Com informações do SCC SBT

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