O Ministério da Saúde anunciou o balanço de casos de hepatite no Brasil, conforme os dados do ano de 2019. A pasta registrou uma queda de casos, confirmando uma tendência de queda nos últimos anos. Em Mato Grosso do Sul, segundo os dados fornecidos pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), a doença também apresentou queda. Em 2018, foram registrados 173 casos de hepatite B no Estado, 58 a mais do que no ano passado (115). Neste ano, 22 casos da doença já foram confirmados em MS. A hepatite C, acometeu 250 pessoas em 2018, 60 a mais do que em 2019 (190). Até o momento, foram registrados 29 confirmações da doença no Estado.
Campo Grande foi o município que mais registrou casos de hepatite nos últimos anos. Contabilizando de 2018 a 2020, foram registrados 108 casos de hepatite B e 196 confirmações para hepatite C, 10 apenas neste ano. Dourados aparece logo em seguida com 35 casos de hepatite B e 57 de hepatite C, números acumulados em três anos.
As hepatites são caracterizadas principalmente por inflamações no fígado, e constituem o segundo maior grupo de doenças infecciosas letais no mundo. São causadas por vírus ou outras condições, como consumo excessivo de bebidas alcoólicas. As hepatites virais se dividem em cinco doenças diferentes: tipos A, B, C, D e E. Entre todas as regiões, a do Centro-Oeste foi a que teve menos casos registrados de um ano para o outro.
No Brasil, os casos de tipo B somaram 13.971 em 2019, uma queda ante os 14.686 do ano anterior. Na distribuição regional, o Sul foi o que registrou o maior número de pessoas com a doença (4.529), seguido por Sudeste (3.867), Norte (2.471), Nordeste (2.021) e Centro-Oeste (1.081). As mortes oscilaram para cima, indo de 414 (2017) para 424 (2018). A principal forma de contágio foi por via sexual (20,4%).
Os casos de hepatite C também sofreram redução de 2018 para 2019, de 27.773 para 22.747. No ano passado, a prevalência em termos territoriais foi no Sudeste (11.666), seguido por Sul (7.168), Nordeste (1.869), Norte (1.075) e Centro-Oeste (959). A principal causa foi o uso de drogas (12,1%), seguido da transfusão de sangue (10,3%) e relação sexual (8,9%). As mortes em função da doença também caíram, de 1.720 em 2017 para 1.574 em 2018.
Os casos registrados de hepatite A tiveram redução de 2.188 para 891, de 2018 para 2019. A região com a maior quantidade de pessoas com a doença, no ano passado, foi a Sudeste (457), seguida por Norte (151), Sul (135), Nordeste (94) e Centro-Oeste (54). Já o quantitativo de mortes mais atualizado é referente a 2018, quando faleceram 28 brasileiros em função da enfermidade, número maior do que os 22 que padeceram em decorrência da doença em 2017.
A hepatite D tem menos casos que as demais e oscilou para cima em 2019, indo de 151 (em 2018) para 164. A prevalência da doença foi sobretudo na Região Norte (104), e menor nas demais regiões: Sudeste (26), Sul (19), Nordeste (10) e Centro-Oeste (5).
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(Texto: Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)