Número de animais silvestres levados para Cras aumenta em 40%

Jandaia
Fotos: Edemir Rodrigues

A primavera é a época de reprodução das aves e neste período muitos filhotes caem dos ninhos e se machucam. Para piorar a situação, o temporal da última sexta-feira (15) derrubou centenas de árvores na Capital e de 16 a 18 de outubro o número de animais resgatados e levados para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande saltou de 32 para no mesmo período do ano passado, para 45 – um aumento de 40%. 

Filhotes de coruja, joão-de-barro, pica-paus (2), periquitos-de-encontro-amarelo (11), jandaias (8) e arara agora estão recebendo os cuidados da equipe do Cras, comandada pelo veterinário Lucas Cazati. Além deles, três bichos adultos recém-chegados também estão em tratamento no Centro de Reabilitação: um papagaio-galego, um anu-preto e um tamanduá-bandeira, que foi atropelado. 

“É um período propício a acidentes porque as aves estão se reproduzindo. E com a chuva e a ventania houve um aumento considerável no número de feridos. Cada animal vai levar um tempo para se recuperar. As aves só podem voltar à natureza quando estiverem voando”, explica Lucas Cazati. Atualmente, o Cras está com cerca de 120 bichos de diversas espécies. 

Quem faz a captura ou resgate dos animais é a PMA. Foram os policiais ambientais que recolheram três filhotes de papagaio, nesta segunda-feira (18), em uma fazenda em Nova Andradina, após a queda de uma palmeira, em decorrência do vento. 

Os animais, sem ferimentos aparentes, foram alimentados, hidratados, receberam atendimento veterinário e vão ser encaminhadas ao Cras para, quando possível, serem reintroduzidos à natureza.

“Quem avistar um animal silvestre ferido deve entrar em contato com a PMA, que vai passar as orientações e fazer o resgate. Dependendo da espécie, pode ser perigoso recolher o filhote porque muito provavelmente a mãe está por perto”, explica o tenente-coronel Ednilson Queiroz, da Polícia Militar Ambiental. Os telefones da PMA em Campo Grande são o (67) 3357-1500 e o (67) 9984-5013.

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