Mesmo com a obrigatoriedade prevista em lei, apenas 50% das vagas reservadas a pessoas com deficiência (PCDs) em Mato Grosso do Sul foram preenchidas até junho de 2025. O dado é do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base nas informações do E-Social, e revela que, das 6.929 vagas que deveriam estar ocupadas, 3.465 continuam em aberto.
Entre janeiro e junho deste ano, 441 pessoas com deficiência ou reabilitadas pela Previdência Social foram contratadas no estado. Quase metade dessas contratações, cerca de 200 admissões, ocorreram após ações diretas de fiscalização por parte do MTE. Além de verificar o cumprimento das cotas, os auditores inspecionam também as condições de acessibilidade, segurança e igualdade de tratamento nos ambientes de trabalho.
No cenário nacional, mais de 63 mil pessoas com deficiência foram contratadas em 2025, sendo 93% delas por empresas obrigadas a cumprir a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), que determina que companhias com 100 ou mais funcionários destinem de 2% a 5% das vagas a trabalhadores com deficiência ou reabilitados do INSS.
Desde 2009, mais de 139 mil auditorias foram realizadas no país, resultando em cerca de 537 mil contratações formais de trabalhadores com deficiência. Mesmo assim, o avanço ainda é lento e a inclusão no mercado de trabalho segue como um desafio.
Apesar da legislação e das ações de fiscalização, muitas empresas ainda só contratam pessoas com deficiência diante da exigência legal, destaca a Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso do Sul.
O cenário aponta para a necessidade de ações mais efetivas de inclusão, indo além do cumprimento obrigatório da cota legal. Barreiras atitudinais, falta de acessibilidade e preconceito ainda dificultam o ingresso e a permanência dessas pessoas no mercado de trabalho.
O Ministério do Trabalho reforça que continuará com as fiscalizações e campanhas de conscientização para garantir mais oportunidades, inclusão e respeito à diversidade no ambiente corporativo.
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