Meta retomará uso de dados pessoais de brasileiros para treinar inteligência artificial a partir de 9 de outubro

Imagem: Justin Sullivan/Getty Images
Imagem: Justin Sullivan/Getty Images

A partir de 9 de outubro, a Meta voltará a utilizar dados pessoais dos brasileiros que usam Instagram e Facebook para treinar seus sistemas de inteligência artificial (IA). O anúncio foi feito pela empresa por meio de um e-mail enviado aos usuários na última terça-feira (3), detalhando o retorno da prática após um período de suspensão.

Em julho, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) havia proibido a Meta de usar informações de brasileiros devido à falta de notificação prévia aos usuários sobre a mudança no tratamento dos dados coletados. Agora, com um acordo firmado com a ANPD, a Meta retomará o uso desses dados, cumprindo exigências de transparência quanto às informações utilizadas para o treinamento de suas tecnologias de IA.

No comunicado, a Meta esclareceu que os dados dos usuários serão empregados para ampliar as experiências de IA da empresa, que incluem novas ferramentas de criação e o assistente Meta AI, disponíveis para as plataformas Instagram, Facebook, Messenger e WhatsApp. A coleta dos dados começará oficialmente em 9 de outubro, data em que entrará em vigor a nova Política de Privacidade da companhia no Brasil.

Conforme o acordo com a ANPD, a Meta utilizará apenas informações públicas dos usuários, limitando-se aos seguintes dados:

– Nome;

– Nome de usuário do Facebook e do Instagram;

– Foto do perfil;

– Atividade em grupos públicos, páginas e canais;

– Avatares;

Foto: reprodução

Publicações, fotos e vídeos compartilhados publicamente no perfil, Stories ou Reels.
Além disso, a Meta garantiu que os usuários terão o direito de se opor ao uso de seus dados para o treinamento de IA. Para facilitar essa solicitação, a empresa disponibilizará um formulário simplificado, permitindo que qualquer usuário possa manifestar sua discordância de forma prática.

A retomada do uso dos dados é parte da estratégia da Meta para aprimorar suas ferramentas de inteligência artificial, mas levanta questões sobre privacidade e a segurança das informações dos usuários. A ANPD continuará monitorando o cumprimento do acordo, para garantir que a coleta e o uso dos dados respeitem os direitos dos titulares, conforme as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A Meta reforçou seu compromisso com a transparência e afirmou que as mudanças são parte de um esforço contínuo para garantir que seus usuários estejam informados sobre como suas informações são utilizadas, permitindo experiências personalizadas e mais inovadoras nas suas plataformas.

 

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