O MEC (Ministério da Educação) divulgou ontem (12) o resultado de seu índice que avalia a qualidade do ensino superior no Brasil. Ao todo, 39 instituições sediadas na Região Centro-Oeste ficaram com a nota máxima em 2018. E nenhuma delas está em Mato Grosso do Sul, único estado da região sem a classificação.
A avaliação é feita pelo IGC (Índice Geral de Cursos), que atribui notas às faculdades e universidades baseada em critérios como número de matrículas, conceito obtido em cursos de graduação, mestrado e doutorado e as notas obtidas pelos alunos no Enade (Exame Nacional de Desempenho Estudantil) daquele ano. Nenhuma instituição do Estado conseguiu alcançar a nota cinco, a maior de todas.
Cinco universidades e faculdades sul-mato-grossenses lideram o ranking local, com nota quatro: UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados), AEMS (Faculdades Integradas de Três Lagoas), Unigran Capital e UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Por meio de nota, a UFMS destacou a melhora no ranking do MEC. De 2.052 instituições de educação superior avaliadas em relação ao IGC no país, a UFMS ocupa a posição 217, duas posições melhor que a ocupada em 2017. Além disso, a UFMS é a instituição federal com o maior número de cursos (109) avaliados no triênio (2016 a 2018) e a 8ª entre as Instituições de ensino superior do país. Além disso, a nota lembrou fatores que ajudaram no resultado. Esse resultado é muito positivo e reflete o investimento na qualidade do ensino, pesquisa, extensão, inovação e empreendedorismo, reforçando o posicionamento da UFMS como a melhor e maior universidade do estado e a única entre as melhores do mundo.
Destaque para a cidade de Dourados, que com os resultados, conseguiu colocar todas as instituições de ensino sediadas no município entre as melhores qualificadas do Estado. “Os resultados divulgados pelo MEC reconhecem a seriedade e competência de toda equipe UNIGRAN, que há três anos faz da Unigran Capital a melhor Instituição de Ensino Superior do Mato Grosso do Sul”, disse, por meio de sua assessoria, pró-reitor de Ensino e Extensão da Unigran Capital, Vinicius Soares de Oliveira.
Segundo Oliveira, a estrutura explica a nota alcançada pela instituição que dirige. “Entre os fatores para que a Unigran se mantenha como melhor do Estado, destacamos a Estrutura de Laboratórios, clínicas e salas de aulas, os resultados alcançados pelos formandos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), o corpo docente da Instituição, que tem 80% de mestres e doutores e o investimento em metodologias inovadoras de ensino”, apontou.
Escolas particulares de ensino superior tradicionais da Capital, Uniderp, Estácio de Sá e UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) lideram o pelotão intermediário, que terminou com nota três na avaliação do MEC. “A Uniderp informa que os processos contínuos de melhorias são implementados pela instituição para atender à missão de entregar educação de qualidade e aos requisitos de qualidade do MEC. Na última avaliação, a nota obtida também foi 3, reforçando a excelência acadêmica da instituição”, ponderou a Uniderp, por meio de nota.
Através de sua assessoria, a UCDB comunicou que “por estar analisando os dados divulgados não se posicionaria de forma oficial”.
Turma do fundão
Ao lado do trio, outras 13 instituições, não apenas de Campo Grande, mas também do interior, terminaram com a nota intermediária. Quatro faculdades ficaram entre as piores, com nota dois. Todas elas estão sediadas no interior. “Infelizmente, os alunos foram desleixados nos testes”, justificou Marcos Veras, diretor da Fetac (Faculdade de Educação, Tecnologia e Administração) de Caarapó, uma das lanternas.
Em sua avaliação, a instituição precisará chamar ainda mais a atenção dos alunos para recuperar o 12º lugar do ano anterior. “Esse ano, o teste foi aplicado para salas que tinham muitos alunos vindos do Ensino Médio e não levaram tão a sério as provas [do Enade]. Oferecemos cursinho, mas poucos apareceram. O resultado nos prejudica muito. Mas, agora é trabalhar para reverter isso”, apontou.
Avaliação dos cursos
Além do IGC, o MEC divulgou também ontem o CPC (Conceito Preliminar de Curso), índice que avalia os cursos. Nesse critério, Mato Grosso do Sul aparece com três cursos condecorados com a nota cinco, a mais alta: Administração e Publicidade da Unigran Dourados e publicidade da AEMS. Na média, menos de 5% dos 116 cursos de educação superior presencial e à distância do Estado estão os melhores conceituados.
Ficaram sem classificação os cursos de Ciências Contábeis e Serviço Social da FCG e o curso de Tecnologia em Marketing da UCDB. Já a pior avaliação ficou com a graduação em Administração da Fetac, que obteve nota um, a menor possível na escala.
(Texto:Rafael Ribeiro)