A Santa Casa informou que está sofrendo com a superlotação de leitos da maternidade, desde setembro de 2020. Chegam no local diversos tipos de pacientes e não deixam de atender especialmente os com doenças graves, como hipertensão, diabetes, bebês mal formados ou que precisam de assistência a mais. Ontem (6), o hospital chegou a suspender os atendimentos por conta da superlotação e temendo desasistência médica dos pacientes.
O coordenador da Maternidade da Santa Casa, Willian Lemos, explica que o número de leitos não comporta a quantidade de pacientes que precisam ser atendidos.
“O hospital não acompanha esse aumento da demanda, a quantidade de leitos que temos, especialmente neonatais, precisam de cuidados específicos que geralmente determinados bebês apresentam, e não tem onde colocar. Por exemplo, as salas que eram especialmente para partos, começam a ser usadas como enfermarias”, conta.
Segundo a Santa Casa, no Centro Obstétrico são duas salas cirúrgicas disponíveis para partos cesarianos e mais cinco PPPs (Pré-parto, parto e pós-parto), onde apenas uma está disponível para parto devido a adaptação das outras salas para atender os cinco pacientes que aguardam por uma vaga na UTI NEO (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal). Até o momento, não há previsão de vaga devido a ocupação de 100% desses leitos.
O coordenador conta que quando o hospital chega nessa situação, é necessário fazer uma série de notificações para a rede informando o estado caótico. “Vale dizer que esse paciente é de responsabilidade da autoridade pública de Saúde, então é preciso prover o leito para esse paciente”.
Entretanto, quando o leito não é fornecido, o hospital se desdobra para atender os pacientes. “A partir do momento que não temos esse leito, improvisamos e a mãe acaba tendo seu filho aqui, infelizmente, já ocorreu de termos partos no consultório, banheiro e vários outros locais, por que não tínhamos como dar a assistência”, relata Lemos.
Até o momento dessa matéria, a Santa Casa possui 33 leitos ativos no alojamento conjunto (enfermaria). E nesta sexta-feira (7), está com 30 deles ocupados com pacientes internadas para tratamento ginecológico, gestantes, puérperas (mãe com bebês recém-nascidos) e isolamento respiratório (Influenza).
Sobre a situação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) respondeu para a reportagem afirmando que já está remanejando os pacientes para outros locais. “A secretaria tem trabalhado para remanejar os pacientes que estão aguardando leito e garantir a assistência adequada a todos, sempre levando em consideração os recém-nascidos e as mães. Vale ressaltar que no final de dezembro foram ativados quatro leitos de UTI Neo na maternidade Cândido Mariano e há previsão de abertura de mais 11 no mesmo local ainda neste ano”, informa a nota.
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(Com Geliel Oliveira)
(Matéria alterada às 14h31 para acréscimo de informações)