Hospital Cassems de Campo Grande apresenta aumento de mais de 200% na busca por atendimento pediátrico

Foto: Divulgação/Facebook
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Hospital Cassems de Campo Grande apresenta aumento de mais de 200% na busca por atendimento pediátrico

O número de procura por atendimento pediátrico no Hospital Cassems de  Campo Grande continua preocupante e aumentando a cada dia. O crescimento exponencial de casos de crianças com sintomas respiratórios é crítica em todos os estados da Federação e, em Mato Grosso do Sul, não afeta só a Cassems, mas todas as unidades de saúde do estado. De março até agora, a Unidade Hospitalar apresentou aumento de mais de 200%. Nos primeiros 10 dias de março a média de atendimentos era de aproximadamente 50 por dia, desde então, esse número passou dos 100 atendimentos diários. No mês de abril, essa média se aproxima de 200 crianças atendidas por dia.

Diante dessa situação crítica, o Hospital da Cassems tem tomado todas as medidas administrativas e assistências possíveis para absorver esse fluxo. A Unidade Hospitalar dobrou o número de profissionais no atendimento pediátrico, contudo, mesmo assim, a demanda está muito além do previsto. O hospital segue, rigorosamente, o Protocolo de Manchester, onde os atendimentos são feitos conforme o risco do paciente, ou seja, os mais graves têm prioridade no atendimento. A Caixa dos Servidores também informa que continua disponibilizando todos os recursos para oferecer o melhor acolhimento possível aos pacientes, mas também conta com a cooperação e o entendimento de todos.

A Cassems também disponibiliza em sua Rede Própria, unidades de atendimento ambulatoriais que podem receber os casos menos graves, como a Unidade Carandá e a Clínica da Família. Os agendamentos de consultas podem ser feitos pela Central de Agendamento do plano de saúde (3314-1010) ou pelo aplicativo “Cassems Beneficiário”. O diretor Técnico do Hospital Cassems de Campo Grande, Marcos Bonilha, explica que a situação é preocupante em toda a rede hospitalar da capital.

“Temos tido, não só em Campo Grande, mas em todo o território nacional, um aumento exponencial de pacientes pediátricos com sintomas respiratórios. Isso tem gerado uma demanda muito grande em todos os hospitais da capital, inclusive nos da rede pública, com espera para atendimento em média de 2 ou 3 horas. Aqui no Hospital Cassems não está sendo diferente, a quantidade de atendimentos que tínhamos no início de março era de 50 a 60 pacientes ao dia, no fim de março passou de 100 e, nos primeiros dias de abril, temos tido quase 200 atendimentos diários.

O Hospital Cassems de Campo Grande tem, juntamente com a presidência da Caixa dos Servidores e com a Diretoria de Assistência à Saúde, dispensado todos os esforços para que possamos minimizar o impacto desse aumento de atendimento”.

Aumento de casos no Brasil

Desde o início de março, unidades hospitalares de todo o país têm percebido um aumento significante no número de procura por atendimento pediátrico, porém, em abril, os números cresceram sobremaneira. Em algumas cidades, como Campinas, no interior de São Paulo, há crescimento de quase 100% no número de internações de crianças com quadros clínicos graves, como bronquite, asma e pneumonia, o que ainda não acontece no Hospital Cassems.

Na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, a superlotação das unidades de atendimento levou a prefeitura a pedir que as famílias levem as crianças com quadros mais leves para postos de saúde ou unidades básicas de atendimento.

Boletim InfoGripe Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulga periodicamente o Boletim InfoGripe, para monitorar os dados de notificação de síndromes respiratórias em todo o Brasil. Segundo o Boletim, entre o início de fevereiro e o fim de março houve aumento de mais de 300% nos casos dessas síndromes, em crianças entre 5 e 11 anos, e de mais de 100% em crianças entre 0 e 5 anos. O boletim aponta ainda que o aumento de casos de crianças com síndromes respiratórias coincide com a volta às aulas.

Ainda de acordo com o Boletim InfoGripe, 11 dos 27 estados brasileiros apresentaram altos índices, já entre as capitais, esse número chega quase a metade, 13 das 27. Mato Grosso do Sul tem a única macrorregião, a de Corumbá, do país com índices excessivamente altos, onde acontecem 10 ou mais casos por mil habitantes.

Com informações da assessoria

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