Turma da UFMS de Três Lagoas também se formou de modo on-line

O aumento dos casos do novo coronavírus promoveu a antecipação da cerimônia de formatura de formandos da área da saúde. Primeira turma a se formar on-line de Campo Grande da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), os alunos que foram afetados pela portaria do MEC (Ministério da Educação) são dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, mas apenas aqueles que solicitaram a conclusão adiantada.

Diferente do realizado em outras instituições, a universidade preparou uma estrutura par o evento, seguindo as medidas de distanciamento e biossegurança. A primeira turma a celebrar a conclusão do curso superior foram os alunos de Medicina, e, para que os familiares pudessem participar do evento, a celebração foi transmitida por meio do YouTube e já contabiliza mais de 4,7 mil visualizações.

A celebração foi transmitida diretamente do estacionamento da Sead (Secretaria Especial de Educação a Distância). O diretor do Curso de Medicina, Marcelo Vilela, aponta que a ideia em realizar a celebração, contando com os acessórios tradicionais como beca, faixa, jabour, capelo, pelerine e, ainda, o adicional da máscara, foi para que os alunos não perdessem a oportunidade em celebrar mesmo diante do cenário da pandemia. “A cerimônia foi pensada para cumprir o plano de biossegurança que a universidade já segue e ainda compartilhar com a família dos estudantes o resultado final, para que eles, que tanto sofreram junto aos alunos durante os anos de faculdade, estivessem presentes”, pontuou.

A transmissão contou com mais de 800 pessoas que acompanharam ao vivo a celebração. Os 44 formandos adiantaram sua formatura ao passo que outros 37 seguem o protocolo previsto para o fim do ano. “Todos eles já estavam no estágio probatório e já atuavam ativamente no enfrentamento da pandemia. De acordo com o MEC, foi adiantada a formatura desses alunos com o objetivo ter o registro no CRM [Conselho Regional de Medicina] e de imediato trabalhar de forma mais ativa no combate à pandemia”, ressaltou.

De acordo com o representante de turma e orador, Vinicius Bertelli, a celebração foi planejada por todos, incluindo o distanciamento e outras características pedidas para que o evento ocorresse. A colação colocou fim em um ciclo de aprendizado, que foi redobrado no último semestre, com o enfrentamento ao novo coronavírus. “O último semestre foi diferente de tudo o que já vivemos, foram muitos os desafios para que essa colação acontecesse.

A cada nova etapa conquistada para que tudo ocorresse como o planejado, precisávamos nos reunir para acertar os detalhes, as burocracias, mas no fim deu tudo certo, graças a Deus”, contou. A transmissão permitiu aproximar aqueles que não puderam estar presentes. “Para as famílias, o sentimento foi o de alegria, mesmo que assistindo pela internet. A emoção de ver um sonho ser realizado, após longos 6 anos, é certamente muito gratificante, para eles e para nós, os formandos”, revelou.

Novos profissionais no enfrentamento da pandemia 

Os 44 recém-formados encaram um dos maiores desafios da atualidade, que é atuar na linha de frente no enfrentamento contra o novo coronavírus. Alguns dos novos médicos planejam se deslocar para as regiões em que existe uma carência na atuação desses profissionais. “Nós temos a consciência da importância que nossa profissão tem na sociedade, sobretudo em um momento tão delicado como esse. Muitos de nós iremos para zonas rurais, polos de enfrentamento ao COVID-19, hospitais de interior, onde a carência médica ainda é grande”, relatou Vinicius Bertelli.

Esta não é a primeira colação feita de forma remota na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Durante a pandemia, a instituição antecipou outras colações de grau de acordo com o estabelecido pelo Ministério da Educação para acadêmicos dos cursos da área da saúde, como foi o caso da formatura da primeira turma de Medicina do campus de Três Lagoas, com a colação de 36 novos médicos aptos a atuarem no mercado de trabalho.

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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)