Na região do O bairro Jardim São Lourenço, localizado em Campo Grande, que um dia viu a praça que leva seu nome como um refúgio para lazer e atividades físicas, hoje enfrenta uma diferente realidade. A Praça São Lourenço, outrora habitável, agora está completamente entregue ao abandono, deixando seus moradores à mercê de diversos problemas.
A presença constante de usuários de drogas e moradores de rua nas proximidades da rua Manoel Laburú se configura como um desafio social prejudicial tanto para os residentes quanto para os comerciantes. Esta área, que se assemelha à Cracolândia de Campo Grande, está localizada em uma via crucial que conecta a Avenida Zahran, há 12 minutos do centro da cidade.
O uso de drogas ilícitas não se limita apenas à praça, estendendo-se para vias adjacentes, onde os estabelecimentos comerciais agora coexistem com essa problemática. Moradores e comerciantes relatam consistentemente à reportagem que os problemas de segurança associados à formação de conglomerado de usuários de drogas que têm se tornado frequentes tanto no bairro, quanto na praça. Furtos e roubos são ameaças constantes, podendo ocorrer em qualquer momento do dia na região.
A equipe de reportagem do Jornal O Estado Online foi até o local na última terça-feira (23) para investigar a situação, e a praça revela um cenário degradante. Moradores apontam uma série de problemas que tornaram a praça insegura e imprópria para seu propósito original.
Antônio Raulino, comerciante de 32 anos, lamenta a deterioração da praça, que se tornou um ponto crítico para a comunidade.
“Essa praça está esquecida há meses. Moradores de rua dormem aqui, afastando clientes do comércio. Sem contar o lixo, as marmitas, os restos de comida e o mato. Isso é um câncer para um bairro bonito; o contraste assusta.”
Uma mulher de 52 anos, que preferiu não se identificar, recorda os dias em que a praça era um local agradável para caminhadas.
“Eu adorava caminhar aqui, mas agora é tomada por lixo e usuários de crack. O mato atrai essas situações. Nosso bairro é movimentado, mas falta opção para exercícios ao ar livre. Lamentável.”
Além da situação da praça, o bairro já possui histórico de diversas ocorrências frequentes de acidentes. Moradores afirmam que a falta de sinalização de trânsito é um problema na região. As placas de sinalização existentes estão em condições precárias, destacando-se especialmente na Rua Manoel Laburu.
A equipe do Jornal O Estado Online entrou em contato com a Assessoria da Prefeitura Municipal de Campo Grande em busca de respostas sobre futuras ações de melhoria na região.
Diante das reclamações dos moradores, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) informa que realiza rondas preventivas nas sete regiões da Capital, no intuito de proteger a população, além de bens, serviços e instalações do Município. Sendo assim, e diante da necessidade, a Guarda Civil Metropolitana intensificará as rondas preventivas na região da praça Jorge Razuk, no intuito de coibir atos de natureza delituosa e promover a segurança dos cidadãos residentes no entorno.
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) também ressalta que realiza a limpeza periódica das praças, entre elas a do bairro São Lourenço. A limpeza do local foi incluída novamente na programação da Secretaria.
No entanto, Flavia Menezes, uma moradora do bairro, contradiz essas promessas:
“Eu levava meus filhos para esta praça, mas agora é tomada por fezes e usuários de crack. Evito até fazer caminhadas na região. Esta semana tive a bateria do meu carro furtada na porta de casa. A Prefeitura não realiza limpeza, e a polícia não faz rondas. Pagamos um IPTU caríssimo, e olha o que recebemos em contrapartida. Os moradores não aguentam mais.”
A praça São Lourenço, um espaço que deveria ser de convivência e bem-estar, tornou-se um retrato do descaso municipal, impactando diretamente a qualidade de vida dos residentes do bairro São Lourenço.
Com informações do Fotojornalista Marcos Maluf
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