Espécie rara de peixe, o Cascudo-viola, é atração no Bioparque Pantanal

Foto: Foto: Gabriela Almeida e Eduardo Coutinho
Foto: Foto: Gabriela Almeida e Eduardo Coutinho

O Cascudo-viola, conhecido cientificamente como Loricaria coximensis, é uma espécie de peixe que enfrenta uma ameaça alarmante: está classificado como “criticamente em perigo de extinção” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). No entanto, uma notícia emocionante surge da região norte do Estado de Mato Grosso do Sul, onde o Bioparque Pantanal alcançou um feito notável ao reproduzir essa espécie de peixe de forma inédita no mundo.

Com apenas 9,6 centímetros de comprimento, o pequeno Cascudo-viola é nativo do Rio Coxim, uma área afetada pela construção de uma hidrelétrica. Nesse cenário de água doce, os visitantes do Bioparque Pantanal têm a oportunidade única de conhecer essa espécie de perto e, mais importante, compreender a crucial importância da conservação por meio da educação ambiental, um dos pilares fundamentais do empreendimento.

A diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, enfatiza o papel vital do empreendimento, que se consolidou como uma atração turística e científica. Ela destaca que o Bioparque possui 168 tanques dedicados à pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade, seguindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e alinhando-se com os eixos do plano de Governo do Estado.

Balestieri afirma: “Aqui, o papel dos nossos animais vai muito além da contemplação, sendo eles os protagonistas de um trabalho técnico científico de excelência voltado à conservação de espécies e manutenção do equilíbrio do nosso ecossistema. Contribuímos para que as presentes e futuras gerações possam desfrutar das riquezas da nossa biodiversidade”.

O Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN), que faz parte do complexo do Bioparque, desempenha um papel crucial na preservação do Cascudo-viola e de outras espécies ameaçadas. Mais de 250 reproduções de 46 espécies distintas foram realizadas no CCPN, com 12 registros sendo inéditos para a ciência mundial e nove para o Brasil. A diretora do empreendimento se orgulha do propósito alcançado.

Para o biólogo curador do Bioparque, Heriberto Gimênes Junior, a reprodução do Cascudo-viola fornece valiosas informações para estudar a conservação e preservação da espécie. “O fato de termos esse animal ameaçado de extinção dentro do nosso plantel nos possibilita entender a biologia dele. Hoje ele é nosso modelo de protocolo de reprodução que usamos para outras espécies de cascudo, uma ferramenta muito importante para a conservação das espécies, não só do Cascudo-viola, como espécies de todo o país”, explicou Gimênes.

O Secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Caravina, destacou que o Bioparque Pantanal não apenas se destaca como uma atração turística, mas também como um aliado crucial da preservação ambiental. Ele enfatizou que o sucesso das reproduções no complexo assegura que espécies em risco de extinção, como o Cascudo-viola, tenham a oportunidade de se reproduzir e evitar a extinção na natureza.

Com informações do Governo de MS

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