Escola Municipal ganha prêmio por valorização da cultura indígena

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Imagem: Reprodução/PREFCG

A confecção de calendários indígenas das etnias Terena e Kadiwéu e do dicionário bilíngue Terena com tradução para a Língua Portuguesa foram as principais causas para a Escola Municipal Professora Ione Catarina Gianotti Igydio, localizada no Jardim Noroeste, em Campo Grande ter sido contemplada com o Prêmio de Projeto de Ensino de História – Marçal de Souza Tupã’y, promovido pela Associação Nacional de História – Seção Mato Grosso do Sul (ANPUH/MS).

Os calendários feitos pelos estudantes tem como base o estudo das constelações e o conhecimento da astronomia dos povos indígenas. Além dessas duas ações, a instituição, em conjunto com os alunos, confeccionaram artesanatos e grafismos Terena e Kadiwéu, brinquedos indígenas, cartazes sobre Marçal de Souza e quadrinhos sobre a história e a cultura dos povos.

Nas aulas, os professores abordaram os conhecimentos, tradições, cultura e artesanato das etnias Terena e Kadiwéu, dando um enfoque especial nas diferenças entre os grafismos, pinturas corporais e calendários das duas etnias. Os estudantes também participaram de palestras sobre os conhecimentos, danças, comidas, costumes e cultura de diversas etnias indígenas pertencentes a Mato Grosso do Sul, como Guarani, Guató, Kinikinau, Atikum, além da Terena e Kadiwéu.

“É muito grande o envolvimento dos alunos, todas as atividades propostas eles abraçaram e realizaram. A escola tem um número significativo de indígenas e por isso é importante desenvolver um projeto voltado para eles, porque se sentem valorizados e respeitados”, afirmou Marly Lopes Crisostomo, diretora-adjunta da escola municipal, que atualmente conta com mais de 1,3 mil alunos, entre eles, 300 indígenas da etnia Terena que vivem na Aldeia Darci Ribeiro, localizada no mesmo bairro onde fica a unidade.

A iniciativa promovida pela ANPUH/MS contou com a seleção, classificação e premiação de projetos escolares considerados transformadores e inovadores no campo disciplinar da História, que foram executados por professores do ensino básico em escolas de Mato Grosso do Sul.

Para poder participar do projeto, a escola desenvolveu ações interdisciplinares nas áreas de História, Arte, Ciências e Língua Portuguesa. Todas as ações foram apresentadas na “Feira de exposição da cultura indígena”, que marcou o encerramento do projeto desenvolvido pela instituição municipal.

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