Ao todo, no Brasil, foram 1,2 milhão de ausentes e 376 pessoas foram eliminadas da prova
Mais de 52,7 mil candidatos realizaram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último domingo (3), em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número representa 74,9% dos 70,3 mil inscritos no exame deste ano no Estado. Com muitos participantes, o Enem registrou apenas 25,1% de ausentes. Isso quer dizer que 17,6 mil pessoas não compareceram para fazer o exame no Estado.
Entre os ausentes, muitos são os que chegam atrasados no local de prova e encontram o portão fechado. Como aqui é um hora a menos que de Brasília, os portões foram abertos às 11h e fechados ao meio-dia e com isso os candidatos sempre fazem confusão. Ainda conforme o Inep, em todo o país, o número de ausentes foi de 1,1 milhões de candidatos, 23% do total de inscritos que foi de 5,1 milhões. No total, 3,9 milhões de pessoas realizaram a prova e, 376 candidatos foram eliminados.
O Ministério da Educação (MEC) não especificou os estados onde essas pessoas realizavam a prova, apenas que dentro desse número estavam pessoas que negaram ser identificadas por biometria. Vale ressaltar que no Enem deste ano houve novas regras para garantir a segurança, a principal foi em relação à proibição de emissão de sons por aparelhos eletrônicos, mesmo dentro do porta-objetos, um envelope fornecido pelos fiscais de prova.
Durante as cinco horas e meia de aplicação das provas nos mais de 1,7 mil municípios, foram registradas situações pontuais como queda de luz em local de prova. E para os candidatos que não conseguiram fazer a prova por problemas logísticos, como desastres naturais, falta de energia elétrica, entre outros, poderão solicitar a reaplicação da prova que já tem data prevista para ocorrer, dias 10 e 11 de dezembro.
Redação
A redação é a prova mais temida pelos candidatos e neste ano o tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, surpreendeu muitas pessoas, inclusive a professora de redação, Ana Cláudia Marini da Silva, de 46 anos, que está a frente desta disciplina desde 2012. Ela afirmou que não trabalhou o assunto este ano com seus alunos, mas ressaltou que não era um tema difícil.
“Foi um tema relevante, não era difícil o aluno poderia ir por diversos caminhos, como a questão de que é um direito do brasileiro invocando a Constituição Federal de 1988. No ano passado eu trabalhei com a turma do 2º ano do ensino médio se o brasileiro tinha acesso à todos os tipos de arte e alguns desses alunos me disseram que na hora da prova lembraram da ocasião”, declarou.
Na página do participante, os candidatos podiam conferir possíveis temas da redação e alguns que estava em alta eram: preservação natural; tragédias ambientais; aquecimento global; porte e posse de aramas; exposição de crianças a jogos, filmes e vídeos impróprios; obesidade infantil; diversidades linguística no Brasil e esporte para pessoas com deficiência.
(Texto: Rafaela Alves)