Além da alimentação, a proximidade com plantas tóxicas também deve ser observada para seu animal aproveitar de forma segura e saudável
Na hora de confraternizar com a família, nada mais justo do que incluir os pets nas festas de final de ano, porém é necessário tomar alguns cuidados. Pensando em levar informação aos tutores, Kelly Maiara Lopes Carreiro, médica-veterinária da Special Dog Company, separou algumas dicas a serem seguidas para que esses momentos sejam muito proveitosos e seguros. Confira!
Mantenha objetos pequenos longe do alcance
Deve-se ter cuidado para não deixar ao alcance dos animais objetos pequenos que possam chamar a atenção, para morder ou engolir. Um exemplo muito comum é a árvore de Natal que, por conter muitos enfeites em formatos de brinquedos, acaba chamando a atenção dos animais, principalmente de gatos. Outros objetos comuns nessa época também podem oferecer riscos, como velas acesas, embalagens e fitas. Por isso, é sempre importante estar atento para que eles não engulam os enfeites ou até mesmo mordam as luzes e acabem tomando choques ou se machucando.
Atente-se a plantas tóxicas
Outro ponto de atenção são algumas plantas natalinas que podem ser tóxicas aos animais. Um bom exemplo é a poinsétia, também conhecida como bico-de-papagaio ou flor-do-natal, que é comumente utilizada como adorno nessa época do ano e é extremamente tóxica a cães e gatos. Caso o animal tenha entrado em contato com essa planta, alguns sintomas que ele pode apresentar são vômitos, diarreia, tremores, salivação e dermatites. Nessa situação, leve o seu animal para o médico-veterinário mais próximo.
Fique de olho nos cacos de vidro
Em festas de final de ano é comum que acidentes possam acontecer com vidros, garrafas, copos ou até enfeites quebrados, que podem causar lesões físicas nos pets. Para evitar que alguém se machuque, o indicado é embrulhar os cacos de vidro em um jornal ou algum material mais resistente.
Cuidado com alimentação
É normal que alguns tutores queiram agradar os pets com petiscos ou comidas disponíveis na mesa de jantar. Entretanto, muitos alimentos de consumo humano são tóxicos para os animais, podendo transformar um simples gesto de carinho em sérios problemas de saúde.
Para evitar que isso aconteça na sua casa, separamos alguns exemplos de alimentos comuns em festas de final de ano que são altamente tóxicos para os pets:
*Chocolate (chocotone, bombons, sobremesas em geral)
*Uva e uvas-passas (panetone, arroz com uvas-passas)
*Comidas temperadas com alho e cebola
*Bebidas alcoólicas
Ao serem ingeridos pelos pets, esses alimentos podem causar vômito, diarreia, apatia, desidratação, paralisia e, em muitos casos, podem levar a óbito. Infelizmente, o tratamento para intoxicações é somente paliativo e pequenas doses desses alimentos já podem fazer com que não seja possível salvar a vida do animal.
Outros alimentos merecem uma atenção especial ao estarem perto dos animais, como ossos em geral (peru, chester, frango, pernil suíno), espinhas de peixe (bacalhau) e frutos do mar. É importante ficar atento a esses alimentos e sempre contactar um médico-veterinário. Para evitar que acidentes aconteçam, há uma grande variedade de petiscos e alimentos específicos para animais, que podem ser oferecidos para eles durante a confraternização.
Previna-se quanto a fogos de artifício
Nesta época do ano, o uso de fogos de artifício é uma prática muito comum. Para pets, eles podem apresentar uma real ameaça, principalmente porque a maioria dos fogos de artifício têm estouros altos. Para uma parcela dos animais, a queima de fogos pode ser um momento estressante. Isso acontece porque cães e gatos possuem audição mais aguçada do que os seres humanos. Dessa forma, o barulho para eles é muito mais alto e, consequentemente, mais desconfortável.
Nesses casos, os pets podem apresentar sinais de medo, estresse e ansiedade, por vezes resultando até em fuga da própria casa, numa tentativa de buscar abrigo ou de se esconder dos barulhos.
Pensando nesse cenário, separamos algumas orientações
Para minimizar a intensidade do barulho, pode-se colocar um chumaço de algodão no ouvido dos animais, retirando-o quando acabar a queima de fogos.
*É importante que o proprietário transmita calma e segurança para o animal, neste momento. Punições podem piorar o quadro de estresse do animal.
*Caso o animal tenha que ficar sozinho, é preciso mantê-lo em um ambiente fechado e seguro e, se possível, onde o barulho possa ser de menor intensidade. Janelas e portas precisam estar fechadas, para minimizar os sons e evitar a fuga. Se possível, pode-se afastar os móveis para impedir que o animal tente escalar e acabe se lesionando.
*Caso o ambiente possua telas de proteção, principalmente quando é uma residência que possui gatos, é interessante que as telas sejam checadas, para garantir a proteção dos animais.
*É importante que os pets estejam sempre com suas coleiras com placas de identificação, contendo o telefone do proprietário.
*Para animais que já apresentam sintomas de ansiedade com queima de fogos, a companhia do tutor durante esse momento fará com que ele se sinta mais seguro. Procure não deixá-lo sozinho.
*Procure um médico-veterinário para obter outras instruções que garantam a segurança do seu animal. Somente ele pode sugerir o uso de uma medicação (caso seja necessário) e auxiliar com terapias específicas para este tipo de transtorno.
Confira mais notícias na edição impressa do Caderno Viver Bem.