Detentos da maior penitenciaria de MS produzem cadeiras de fio com pó de etileno e junco

Foto: Keila Oliveira, Agepen
Foto: Keila Oliveira, Agepen

Dentro do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, os detentos estão produzindo cadeiras de fios usando o pó de etileno, fibras de junco e ferragens, que a empresa Pilatte Cadeiras vende dentro e fora do Estado, em um convênio estabelecido há cerca de 10 anos entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a empresa.

Atualmente, a oficina emprega sete internos, mas o proprietário da empresa, Luiz Carlos Pilatte, planeja alcançar 20 trabalhadores até setembro próximo.

A oficina proporciona aos detentos uma ocupação produtiva e remunerada, conforme a Lei de Execução Penal, com a remição da pena. Eles produzem cerca de 30 cadeiras de fios e sete cadeiras de fibra por dia, mas a meta é aumentar essa produção para 70 e 30 cadeiras diariamente, respectivamente.

Experiências

Luiz Carlos Pilatte tem planos de expandir a produção para incluir outros tipos de móveis, como jogos de mesa e espreguiçadeiras, visando o comércio de fim de ano.

O trabalho na oficina não apenas proporciona experiência profissional aos detentos, mas também impacta positivamente suas vidas pessoais. Um dos trabalhadores da oficina, Wellington Lopes de Oliveira, se especializa na fabricação dos móveis em junco e compartilha sua satisfação em poder se ocupar produtivamente e apoiar financeiramente sua filha de sete anos.

A expectativa é que o número de trabalhadores seja triplicado dentro de três meses, e a produção seja ampliada para incluir outros tipos de móveis.

Outras unidades prisionais em Mato Grosso do Sul são exemplos de ocupação laboral de presos, com mais de 38% da massa carcerária envolvida em atividades de trabalho, segundo estatísticas do Infopen.

As parcerias com a mão de obra carcerária oferecem benefícios fiscais e trabalhistas para os empresários, pois não geram encargos como pagamento de 13º salário, férias e FGTS.

Ressocialização

A ressocialização dos detentos proporciona oportunidades de aprendizado, experiência profissional e reintegração à sociedade após o cumprimento da pena.

Empresas e instituições interessadas em firmar convênios de ocupação da mão de obra carcerária com a Agepen podem encontrar informações detalhadas no site da agência ou entrar em contato com a Divisão do Trabalho pelo telefone (67) 3901-1046 ou e-mail: [email protected].

Com Informações do Governo de MS

Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *