A aposentada Expedita da Silva, 80, recebeu a reportagem em sua casa, na tarde desta quarta-feira (22), para reclamar da situação que o Nova Lima vive a respeito do lixo e mato alto, principalmente no terreno localizado entre a Avenida Francisco Pereira Coutinho com a Avenida Professora Antônia Capilé.
Ela relata que já não suporta o cheiro de lixo que rodeia sua casa e que quando chove, não dá vontade nem de sair para a rua. “Sofremos para nos alimentarmos com o cheiro podre e temos que manter a casa fechada. Não da para receber visitas.”
“A galera vem a noite jogar lixo e depois de um tempo junta moscas, ratos e baratas. Todo dia temos que tampar o vão das portas. O pessoal tem medo de cobrar os políticos”, conta a senhora.
Devido às moscas, a idosa diz que faz a comida cobrindo as panelas simultaneamente, e, após comer, já guardar. “Queremos também solução para tirar esse mato que a noite serve também de esconderijo.”
O aposentado temporariamente Ademilson Bueno da Costa, 57, confirma que o mato alto e o depósito ilegal de lixo resulta em cheiro de carniça no seu bairro há mais de anos. E os causadores do problema são a maioria pessoas de fora da região.
“Uma vez chegou uma caminhonete que parou na frente do mato para jogar lixo e o motorista maltratou uma senhora que tentou alertá-lo. Então tive que ir lá evitar. Nós, moradores, que monitoramos o bairro já que falta fiscalização pública.”, conta Ademilson.
“Alguns moradores policiam, mas eu já larguei mão. Porque não adianta, é complicado. O próprio morador do bairro que dá direito para outros jogarem o lixo aqui. Nós tínhamos que dar o exemplo, mas não é o que acontece”, afirma.
Para a reportagem, ele pede soluções para que o Poder Público limpe o terreno. “Falta político, vereador no caso, fazer o trabalho dele. O presidente do bairro também não aparece.” Acesse também: Acidente entre duas carretas deixa três mortos e causa incêndio na BR-163
Com informações do repórter João Gabriel Vilalba com Marcos Maluf