Conselhos de Psicologia e Fisioterapia apontam o fim da limitação para consultas como um avanço

Foto: Divulgação Agência Brasil
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Por Camila Farias – Jornal O Estado MS

Após decisão tomada na última segunda-feira (11), pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que garante que não haverá limites para consultas de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional, pelos planos de saúde, os conselhos de Psicologia e Fisioterapia de Mato Grosso do Sul se mostraram favoráveis ao novo modelo de atendimento.

De acordo com nota emitida pela agência, a nova resolução normativa será publicada no Diário Oficial da União e entrará em vigor em 1º de agosto de 2022. O representante do Conselho de Psicologia, Walkes Jacques Vargas, explicou a O Estado que se trata de algo de grande valor. “Nós da psicologia não fazemos previsão taxativa de resultados, que seria uma lógica de ter um limite de sessões. O que significa que o profissional teria de garantir o resultado dentro daquele limite de sessões e não existe essa previsão”, destacou.

Já o Crefito (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 13º Região) explica que, mesmo sendo de grande valia para os usuários de planos de saúde, em relação à fisioterapia e à terapia ocupacional, a decisão é um pouco controversa, uma vez que ainda é necessária a indicação de um médico assistente.

“A decisão representa um pequeno passo de uma longa caminhada e, em que pese a decisão ser relativamente benéfica aos usuários, a manutenção da obrigatoriedade de ‘prescrição’ médica para garantir a cobertura aos pacientes é incostitucional e retrógrada, e vai na contramão da ciência e do contexto evolutivo”, afirmou o dr.

Renato Nacer, presidente do Crefito-13. Questionada, a Unimed Campo Grande garantiu por meio de nota que irá seguir todas as regulamentações. “Ressaltamos que nossa cooperativa está preparada tanto em estrutura física, como em relação aos profissionais para atender as demandas de nossos beneficiários”, enfatizou a empresa.

Com um filho de 3 anos de idade, a mãe Viviane Olivera, 35 anos, vivenciou desde os primeiros anos de vida do João Paulo a dificuldade para conseguir consultas pelo plano de saúde. A criança foi diagnosticada com TEA (transtorno do espectro autista).

“Pelo plano de saúde é da seguinte forma, a doutora do meu menino tem de lançar as sessões no sistema; normalmente ela lança dez sessões, já que ele faz duas por semana. Já tive as exigências do hospital, em não liberar acima de dez sessões, ou então não poder lançar no mesmo mês, até mesmo porque ele já alcançou o número de sessões anual, tanto pra fonoaudióloga como para psicólogo”, lamentou a mãe de João Paulo.

 

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