Número de acidentes com escorpiões cresce na Capital antes mesmo do verão

Reprodução/Arquivo
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O período do verão, entre os meses de dezembro e março, exige maiores cuidados com relação aos acidentes com escorpiões devido ao calor e a umidade por conta das chuvas, já que é nesta época que os casos começam a aumentar. Antes mesmo deste período crítico, de janeiro a outubro deste ano, o número de acidentes foi ainda maior do que no ano passado, e por isso, a Saúde municipal pede atenção redobrada.

De janeiro até outubro de 2020, em Campo Grande, foram 715 registros, e esse ano, no mesmo período o número chegou a 721.

O número já é alarmante, principalmente pelos casos terem aumentado antes do período de reprodução dos animais e a chegada do verão, que é a época na qual eles saem dos seus esconderijos para procurar alimento e lugares úmidos para se abrigarem.

Segundo a gerente coordenadora do serviço de Controle de Roedores e Animais Peçonhentos e Sinantrópicos do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Ana Paula Nogueira, como esses animais vivem na rede de esgoto, quando começa o calor e a chuva, eles saem desses locais para procurarem uma nova instalação e alimentos. Por isso ocorrem os acidentes.

Além do calor, esses são os meses de procriação dos escorpiões, no qual o número de filhotes atuantes começam a circular. “Tudo isso acontece em uma mesma época, e é por isso que a saúde alerta para redobrarem os cuidados”, explica.

Cuidados para a casa

Por conta da ligação da rede de esgoto, esses animais peçonhentos tem mais facilidade para entrar nas residências, por isso a importância de se fazer barreiras físicas no fecho dos ralos do banheiro e pias para evitar que esses bichos tenham acesso as residências.

“A gente orienta a população ter mais cuidados com os ralos de pias, tanques e banheiros, essas são as chaves por onde esses animais entram dentro das casas”, comentou Ana Paula.

Além de todo cuidado com o imóvel, a população deve manter a higiene e garantir a limpeza de quintais, não deixando acúmulo de lixo ou tábuas de construções, que são fáceis lugares de esconderijo.

“Para ter a garantia que esses animais não cheguem perto da família, nós orientamos que as pessoas não joguem inseticida pela casa ou quintal, isso não resolve, não mata, deixa o animal ainda mais bravo, provocando o ataque”, ressaltou.

Segundo a coordenadora, o correto é jogar água sanitária por todos os locais onde os escorpiões pudessem se esconder, pois seu componente não permite a aproximação do animal.

Caso, apesar de todos os cuidados, a pessoa seja picada pelo escorpião, Ana Paula orienta que a pessoa deve ser levada imediatamente para a assistência médica, principalmente em casos de crianças e idosos que estão com imunidade em formação ou podem ter já outras doenças pré-existentes.

“A pessoa não pode esperar ter alguma reação ou sintoma de dor, cada um reage de uma forma. Sua toxina atinge o sistema nervoso, quanto mais aflita a pessoa ficar, mais dor vai sentir, e mais sintomas vai desencadear, então é necessário buscar um médico, pois só ele vai poder avaliar e medicar de forma segura. A pessoa pode ser alérgica e se não procurar ajuda rápida pode não resistir” alertou.

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