Campanha contra raiva tem início na Capital; meta é imunizar 80% dos cães e gatos

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Foto: Divulgação

A Campanha Anual de Vacinação Antirrábica começou esta semana em Campo Grande, com o objetivo de imunizar 80% da população de gatos e cães, estimados em 287.768, conforme dados do último censo. As doses são gratuitas e protegem os animais contra a raiva, doença considerada fatal.

Além disso, também será realizado um novo censo para contabilizar o número de animais na Capital. Equipes trabalharão com a contagem e a vacinação de forma concomitante.

Os trabalhos começaram pelo Bairro Nova Lima, e seguirão pelos demais bairros da região do Segredo. Ao longo da campanha os servidores irão percorrer às sete regiões urbanas e distritos do município, seguindo um cronograma pré-estabelecido. Desde 2005 é feito o trabalho de vacinação de casa em casa.

Conforme a médica veterinária Cláudia Macedo, coordenadora da Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ), para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses e estar saudável. “Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, enfatiza.

Ainda segundo a veterinária, apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, a vacina antirrábica é obrigatória em todo território nacional e Campo Grande é vigilante na cobertura vacinal de cães e gatos, haja visto ser uma área com morcegos diagnosticados positivos para a doença.

“Estes animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, diz.

Em Campo Grande, o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus.

A coordenadora ressalta que é imprescindível a colaboração de todos os tutores de cães e gatos, recebendo os agentes do CCZ que estarão executando suas atividades desta forma também cuidando da saúde da população humana.

Os servidores estarão uniformizados e portando crachá de identificação funcional. Caso o morador desconfie de alguma atitude suspeita ou queira tirar alguma dúvida sobre a ação o órgão disponibiliza o número 67 3313-5000.

Vacinação no CCZ

No caso de o tutor do animal não estar em casa no momento em que a equipe de vacinação estiver percorrendo seu bairro, os agentes deixarão um comunicado para que o responsável leve o animal até o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para a aplicação da vacina antirrábica.

O órgão funciona aos sábados, domingos e feriados, das 07h às 21h (segunda a sexta) e das 06h às 22h (sábados, domingos e feriados).

Doença

A Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda levando à morte em quase a totalidade dos infectados sendo de grande relevância para a saúde pública.

O CCZ esclarece que há morcegos positivos para a Raiva no município sendo primordial a vacinação de cães e gatos uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.

As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós-exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos. Como medidas de prevenção, a orientação é que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama entre outros locais ou comportamentos não habituais) é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ.

Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado. O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.

Serviço

O CCZ está localizado na Avenida Filinto Muller, 1601 – Vila Ipiranga.

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