Aulas presenciais continuam suspensas até 10 de setembro

Enquanto escolas particulares têm novo adiamento de aulas, município aprova medida de biossegurança

As escolas particulares precisam esperar mais um mês para definir volta às aulas presenciais. Paralelo a isso, ontem (13), foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande uma nota técnica que define as medidas de segurança da retomada, quando ela ocorrer. A reunião com representantes do município, instituições de rede privada e do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) terminou com o terceiro adiamento das atividades presenciais até o dia 10 de setembro, quando um novo encontro será feito para avaliar o cenário de pandemia da COVID-19 Capital e se é possível um retorno.

Adiar a volta dos alunos da rede privada foi uma decisão tomada em conjunto. No entanto, a presidente do Sinep (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Mato Grosso do Sul), Maria da Glória Paim Barcellos, aponta que assim que for seguro, as instituições estão prontas para voltar e já possuem o cronograma de retorno gradativo programado desde maio. Neste mesmo mês, uma pesquisa feita pelo sindicato mostrava o interesse dos pais na retomada, mas com a alta de infectados por COVID, a mudança de opinião é algo esperado. “Em maio, a pesquisa já apontava indecisão entre os pais, no qual teve resposta de 50% favoráveis a retomada. Hoje, como a doença avançou muito, talvez nem mesmo os pais queiram voltar”, contou Barcellos.

A promotora Filomena Fluminhan, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Defesa da Saúde, explica que além do número de casos, outro fator que impede a retomada das aulas está na taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Os casos já ultrapassam os 14 mil enquanto os leitos de UTI SUS [Sistema Único de Saúde] estão com uma taxa de ocupação de 79%”, apontou. A promotora ainda ressalta que o município tem trabalhado para aumentar a capacidade de atendimento na saúde pública, porém, com o intenso aumento de casos, os leitos podem não ser suficientes “Nós partimos de 116 leitos de UTI SUS em março, para atuais 305 leitos UTI, mas não é suficiente devido à velocidade da propagação do vírus”, frisou.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho reforçou a necessidade da população aderir as medidas de isolamento para que os números comecem a cair. “Nós trabalhamos em conjunto para decidir quando voltar e para que isso seja possível, pedimos que a população respeite os decretos”, afirmou.

Município aprova medidas de biossegurança para aulas presenciais

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) e Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) aprovaram a resolução com recomendações de biossegurança para volta às aulas presenciais nas escolas da Capital. As medidas são da nota técnica da Sefes (Serviço de Fiscalização de Estabelecimentos de Saúde). Todos os detalhes podem ser conferidos a partir da página 3.

Entre as diretrizes publicadas estão a necessidade de definir o número de alunos e colaboradores em atividade durante a pandemia. Também é destacado que se houver funcionamento alternado, o número máximo de pessoas no local por dia de semana deve ser estabelecido. Tudo deve seguir o que é determinado nos decretos municipais. Outra medida é o escalonamento dos horários de entrada e saída, evitando aglomeração na instituição. Piso demarcando o distanciamento de 1,5m para as pessoas devem ser adotados, assim como o distanciamento de 2m entre as carteiras.

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(Texto: Amanda Amorim com Raiane Carneiro)

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