A greve de motoristas e cobradores de ônibus retomada na madrugada desta quarta-feira (29) em São Paulo afeta 675 linhas diurnas, das 1.193 existentes, e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã, segundo balanço divulgado pela SPTrans.
Durante a madrugada, 88 linhas noturnas, de um total de 150, não operaram. A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida, exceto na Express, na zona leste.
No início da manhã, passageiros formavam longas filas nos pontos de ônibus nas ruas para tentar embarcar nos micro-ônibus das linhas que fazem trajetos entre os bairros e os terminais de ônibus.
O reajuste nos salários, segundo afirmou o prefeito no último dia 14, impacta diretamente no subsídio pago pela prefeitura. No ano passado, o valor gasto foi de R$ 3,3 bilhões, mas Nunes admite que vai subir, principalmente porque o município não reajustar a passagem desde janeiro de 2020 – atualmente o preço está em R$ 4,40 e a SPTrans calcula, que sem aumento no subsídio, o valor teria de subir para cerca de R$ 7,40.
A greve desta quarta foi aprovada durante assembleia comandada na tarde de terça (28) pelo SindMotoristas, o sindicato da categoria.
Em nota, o sindicato disse que mais de 6 mil pessoas participaram da assembleia, na sede da instituição, na Liberdade, região central da cidade.
No dia 31 de maio, a SPTrans obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho que determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
“A SPTrans irá solicitar à Justiça a cobrança desta multa, além de autuar as empresas pelo não cumprimento das viagens”, afirma a nota sobre a greve.
Com informações da Folhapress, por CRISTINA CAMARGO E FÁBIO PESCARINI