Áreas em alerta para dengue tiveram redução de 70%

Dengue limpeza
Foto: Divulgação/PMCG

De acordo com o último levantamento da LIRaa (Levantamento Rápido do índice de Infestação por Aedes aegypti) houve uma redução na quantidade de áreas em situação de alerta em comparação com o último levantamento de junho, saindo de 18 para cinco, com índice de infestação superior a 1% a 3,9%, o que representa uma redução de 72%.

O levantamento, divulgado pela CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mostram que das 71 áreas que compõe o levantamento, 66 aparecem com índices considerados satisfatórios, ou seja, abaixo ou igual a 1% de infestação.

Apenas áreas das respectivas unidades de saúde dos bairros Vila Carvalho, Vila Corumbá, Mário Covas, Botafogo e Silvia Regina continuam em alerta, com índice de infestação de 1% a 3,9%.

No último levantamento, realizado no mês de junho, 18 áreas estavam em alerta e 53 em situação satisfatória. Nos dois últimos levantamentos nenhuma área mostrou um índice considerado de risco.

De acordo com o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, a redução nos índices de infestação e em casos das árboviroses deve ser comemorado mas a população deve continuar a realizar os cuidados.
“Isso mostra que nossas ações têm feito a diferença. Temos trabalhando diariamente para evitar que o nosso Município e nossa população sofra ainda mais com as doenças transmitidas pelo mosquito (Aedes aegypti), como a dengue, zika e chikungunya. No entanto, isso não significa que a gente pode relaxar agora. Temos que continuar atuando e contando com a colaboração da população para reduzir ainda mais esses índices”.

Ele ainda destaca o fato de 80% dos focos ainda serem encontrados dentro de casa e em objetos passíveis de descarte que podem ser facilmente recolhidos na coleta de lixo comum. “Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse.

Dengue

Os casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypty estão estáveis em Campo Grande, e há dois anos a Capital não enfrenta uma epidemia da doença.

De 01 de janeiro ao dia 09 de agosto de 2022 foram registrados 12.721 casos notificados de dengue e sete óbitos provocados pela doença.  No mês de julho foram notificados 641 casos, o que representa uma redução de 65% em relação ao mês anterior, onde foram notificados 1.866 casos da doença.

Em 2019, Campo Grande registrou 44.871 casos e oito óbitos provocados pela dengue. À época, a Prefeitura realizou uma força-tarefa batizada “Operação Mosquito Zero”, envolvendo a sociedade civil organizada e todas as secretariais municipais.  Foram realizadas ações de manejo nas sete regiões urbanas e distritos do Município para conter o avanço da doença.

No ano seguinte, 2020, os casos caíram pela metade. Em todo o ano, foram 20.198 notificações e 7 óbitos. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, os trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti continuaram sendo realizados,  o que levou o Município a registrar uma redução histórica de mais de 90% nos casos em 2021. Em todo o ano passado, a Capital registrou 5.288 casos notificados de dengue e 4 óbitos provocados pela doença.

Método Wolbachia

Uma das estratégias adotadas para o combate a dengue foi o Método Wolbachia. Os Wolbitos, são mosquitos Aedes aegypti que possuem a bactéria capaz de evitar que os insetos transmitam a a dengue, zika e chkungunya, e estão presentes em quase todas as regiões de Campo Grande.

A Capital inclusive será a primeira cidade do mundo a realizar a ação Wolbito em Casa, nova metodologia implementada dentro do método.

“Iremos mobilizar 3 mil alunos  das nossas escolas municipais para conscientização, qualificação e inclusão no processo de combate às árboviroses. Um projeto que com certeza dará resultados importantes na próxima década no manejo das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti “, finaliza o secretário.

Leia mais: Dengue: Operação Mosquito Zero já eliminou 1,8 mil focos do Aedes

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