Após tempestade, trabalhos de recuperação dos estragos devem durar até 20 dias na Capital

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Foto: Marcos Maluf

Estado registrou mais de 618 mil descargas elétricas, bairros sem energia elétrica e alto volume de chuvas

Árvores, desabamento da encosta de córregos, vias de trânsito interditadas e o fornecimento de energia interrompido, assim foi a manhã de ontem (21) para os moradores de alguns bairros de Campo Grande, após a tempestade registrada em todo Mato Grosso do Sul. Para O Estado, o titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) pontuou que as equipes devem precisar de até 20 dias para conseguir reparar os danos em toda a Capital.

A reportagem de O Estado esteve em diferentes bairros na manhã de ontem (21) para conferir todo o estrago causado durante a chuva. Na região do bairro Guanandi, no cruzamento entre as avenidas Ver. Thyrson de Almeida e Georges Chaia, uma árvore, que foi plantada há dez anos no local, caiu logo no início da chuva com a ventania. Moradores e comerciantes da região contam que ouviram um estrondo e, quando conseguiram identificar a origem do barulho, viram a árvore no chão.

“Logo quando começou a chuva, ouvi a árvore caindo, eu estava fechando a loja e não vi como foi, mas fez um barulho bem alto Nossa sorte aqui é que teve queda de energia”, contou Josafá Britto, comerciante dono
de um pet shop que fica na mesma avenida.

A moradora Shirley Ramos, 63 anos, conta do susto que foi quando a filha ligou dizendo que a árvore havia caído. “Quando começou aquele temporal eu estava no trabalho, minha filha me ligou preocupada para saber se eu já estava vindo pra casa, quando de repente ouvimos um barulhão, era a árvore que acabava ceder, foi logo no início da chuva”, destacou.

Já na Avenida Ernesto Geisel, ao lado do Horto Florestal, a equipe da prefeitura foi acionada após motoristas relatarem a queda da encosta do Córrego Prosa que passa ao lado do parque. De acordo com
a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), que esteve no local, os ventos e a enxurrada derrubaram duas placas de concreto, cada uma medindo 12 metros de comprimento, o que fez com que uma parte do lado esquerdo da avenida ficasse parcialmente interditada.

No bairro Coophatrabalho, em frente da Escola Estadual Hilda de Souza Ferreira, uma árvore foi ao chão, causando a interdição total da rua. Na região também houve queda de energia, que só foi restabelecida 12 horas após o ocorrido. Dono de uma oficina no bairro, o mecânico André Luiz Teixeira, 41 anos, conta que em sua oficina não houve falta de luz, mas que a vizinha ficou sem o serviço até o fim da manhã de ontem.

Segundo o Netclima foram registradas mais de 618 mil descargas atmosféricas na quinta-feira (20) na Capital. No interior do Estado, de acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), o município de Cassilândia obteve a maior precipitação acumulada, com 63,2 mm. Na
segunda colocação está Ribas do Rio Pardo, com 60 mm, seguido de Três Lagoas (59,6 mm) e Água Clara (58,8 mm). Na Capital, choveu 48,2 mm e as rajadas de vento atingiram os 85 km/h, sendo as mais intensas do Estado.

Por Claudemir Candido – Jornal O Estado do MS

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