Após colapso por falta de macas para atendimento do Samu (Serviço Móvel de Urgência), a disponibilidade do equipamento usado para os primeiros socorros foi reestabelecida. No entanto, a segunda feira (14) foi de situação crítica nas ocorrências registradas em Campo Grande.
Segundo o Coordenador do Samu Ricardo Rapassi, a situação é recorrente e ontem, as macas usadas para atendimentos ficaram praticamente todas retidas em hospitais da cidade. “Hoje estamos só com 2 presas, mas ontem das 16h às 21h nossas macas estavam todas nas unidades hospitalares, o que é ilegal e impossibilita os atendimentos”, afirma.
O coordenador disse ainda, que o Ministério Público já foi acionado no dia (25) de janeiro para intervir sobre o caos, e consequentemente um inquérito foi aberto para investigar e solucionar a situação.
Já a Santa Casa de Campo Grande declarou que a utilização indevida se dá em razão da falta de leitos, já que opera acima da capacidade, e mesmo assim continua recebendo pacientes além do suporte deliberado pela estrutura do hospital.
Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), disse que “a Sesau faz a regulação de pacientes aos hospitais dentro do que está previsto no contrato de prestação de serviços destes com a pasta, sendo encaminhados em vaga zero somente aqueles pacientes que estão em estado grave e que o hospital é referencia para o atendimento e tratamento do caso. Em relação a Santa Casa, o Município já tem buscado realizar o remanejamento para outras unidades hospitalares com objetivo de evitar uma eventual sobrecarga e consequentemente assegurar a assistência adequada dos pacientes. A Sesau, a quem o Samu é subordinada, lamenta os recorrentes episódios de retenção de maca que inviabilizam o funcionamento do serviço”, declarou.
Além da Santa Casa de Campo Grande, outros hospitais também têm retido macas para atendimento de urgência.