Apenas dez pessoas comparecem a manifesto na Câmara

Um manifesto organizado através das redes sociais, que obteve cerca de 181 interessados, foi realizado ontem (19), na Câmara de Vereadores, e, diferente do esperado, o movimento recebeu cerca de dez manifestantes.

Apesar disso, o grupo pediu o apoio dos moradores na instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do ônibus, que busca averiguar irregularidades no contrato do município com o Consórcio Guaicurus. Os vereadores abriram espaço para receber a população antes da sessão, que teve início às 9h, mas no momento, não havia manifestantes presentes.

A casa chegou a se preparar para um possível tumulto, reforçando a segurança com uma maior equipe de vigilantes no local, e a utilização de uma porta detectora de metais. Mas de nada adiantou, pois, a população não compareceu a sessão, que mesmo com poucos participantes foi marcada, brevemente, pelos gritos de “Vereador, preste atenção, sem CPI, não haverá reeleição”.

Segundo um dos lideres do grupo, Raphael Palhano, o intuito do movimento é dar voz aos pedidos da população. “O que nós queremos é uma CPI que traga respeito a população, esse ato que nós nos propomos a fazer é para pressionar os vereadores a assinarem a autorização para que a implantação seja realizada”, aponta.

O estopim para que o grupo organizasse o manifesto foi a demora para ocorrer a reposição de um ônibus durante a sexta-feira (15), dia em que foi celebrado o feriado da Proclamação da República, que teria estragado. Manifestantes disseram ainda que se tratava de uma linha com número de veículos reduzido. Com o atraso, as trabalhadoras protestaram e, durante o ocorrido, agentes da Guarda Municipal, utilizaram gás de pimenta para dispersar o tumulto. Os agentes envolvidos no caso foram afastados.

Histórico

Um hiato de seis anos, separa os manifestos que tratam da manifestação dos ônibus, o último registrado, que ocorreu em 2013, tinha como enfoque a retirada dos R$ 0,20 de aumento no valor do transporte coletivo. Na época, a população campo-grandense se uniu ao movimento que tomou conta do país, e foi às ruas e lotando as duas faixas da Avenida Afonso Pena, principal via da cidade.

(Texto: Amanda Amorim)

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