Conforme dados do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), Campo Grande registrou no mês de agosto cerca de 93 acidentes de trânsito, com 89 vítimas, sendo quatro fatais. O número de mortes computadas no balanço até ontem (17) já se iguala às mortes registradas em todo o mês de junho, no qual foram contabilizados 302 acidentes, 289 com vítimas. Apesar de medidas mais restritivas na Capital, em decorrência do avanço da COVID-19, o mês de julho foi o que obteve o maior número de acidentes (329), com nove vítimas.
A chefe da divisão de Educação para o Trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Ivanise Rotta, ressaltou que o número de acidentes vem decrescendo na Capital. “Olhando os dados, os acidentes vêm diminuindo, o que aconteceu em Campo Grande, especificamente no mês de julho, é que aumentou a gravidade [dos acidentes]. Nós tivemos um aumento de óbitos principalmente por causa do uso do álcool e velocidade. Se analisarmos os três primeiros acidentes de julho, conseguimos verificar que foram motoristas que acabaram causando o óbito em pessoas que não tinham nenhum envolvimento de infração, as vítimas foram uma passageira, uma ciclista e um pedestre”, frisou.
Rotta pontuou que o comportamento do motorista é um fator determinante nas ocorrências de trânsito. “Analisando na questão comportamental, nós continuamos com as vias largas, planas. Com o isolamento, tivemos uma queda brusca [de acidentes] no mês de março até junho, devido as pessoas não estarem circulando. Agora, me parece que por essas vias estarem livres, vemos que os acidentes acontecem principalmente no período noturno, quando não há ninguém, então as pessoas acham que não há regras, que estão livres na via e que não há fiscalização”, disse.
Acesse essa e outras informações na Versão Digital do Jornal O Estado MS