Agência Nacional de Águas cria Sala de Crise do Pantanal

A ANA (Agência Nacional de Águas), instalada a Sala de Crise do Pantanal. Técnicos e autoridades ambientais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul buscam formas de reduzir os impactos da crise hídrica encontrada em todo o bioma. Representantes da Agência participaram de uma reunião remota com cerca de 90 participantes e avaliaram a situação da seca.

Com poucas chuvas e com os níveis dos rios abaixo da média, as queimadas se assolam o Pantanal se espalharam com maior facilidade. O secretário estadual de Meio Ambiente, Jaime Verruck, destacou que a escassez de chuvas prejudica a navegação e já ameaçando o abastecimento em algumas cidades.

Para isso a Sala de Crise do Pantanal foi criada e prevê uma ação conjunta com o estado vizinho que também vem enfrentando os rios mais secos e os incêndios florestais. Que já destruíram cerca de 3 milhões de hectares de vegetação pantaneira.

“O objetivo é nivelar informações, promover a articulação de atores e coordenar ações de gestão de recursos hídricos para enfrentar o que vem se configurando como a pior seca já registrada na região”, revelou Verruck.

A Sala de Crise do Pantanal vai se reunir novamente, de forma remota, no dia 1º de outubro, Por enquanto não há risco de desabastecimento das cidades que dependem dos principais rios do entorno pantaneiro, entretanto, a navegabilidade do rio Paraguai já foi afetada e deve piorar nos próximos dias.

“Chegamos ao consenso, ouvindo as avaliações técnicas, que a situação da seca vai se agravar nas próximas três semanas, embora eu entenda que só teremos a normalidade das chuvas em três meses. Sendo assim, e mantendo todo o aparato que já disponibilizamos para fazer o combate aos incêndios, vamos continuar sofrendo, já queimaram 3 milhões de hectares e não sei mais quanto vai queimar. A situação é bastante grave”, disse Verruck.

Relatório apresentado pela Capitania da Marinha instalada em Ladário prevê que o nível do rio Paraguai, que já atinge a marca mais baixa na régua existente naquele ponto desde 1947, vai continuar baixando.

(Texto: Amanda Amorim)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *