A região da Serra do Amolar, no coração do Pantanal, tem sido foco de atenção devido aos incêndios florestais que assolam a área desde o dia 27 de janeiro. Contudo, recentes esforços de combate e monitoramento têm trazido resultados positivos, embora os desafios persistam.
A Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), em conjunto com os Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul, tem trabalhado incansavelmente para conter as chamas. As ações intensivas ao longo de três dias, incluindo combate aéreo, foram cruciais para conter os focos de incêndio. Como resultado, houve uma significativa redução dos focos de fogo, e a região não apresenta mais chamas altas.
“Houve um combate por ar pelos Bombeiros, feito ao longo de três dias, e isso deu muito resultado para conter as chamas. No campo, a Brigada Alto Pantanal conseguiu atuar para criar linhas de proteção em áreas para que o fogo não ganhasse proporção maior. E ainda registramos chuvas pontuais em dois dias da semana, o que se somou. Percebemos que há uma situação de controle do fogo neste momento”, explica a coordenadora de operações do IHP, Isabelle Bueno.
Apesar dos resultados positivos no controle das chamas, a extensão dos danos ambientais é evidente. Quase 2,7 mil hectares do território de Patrimônio Natural da Humanidade foram destruídos. Técnicos do IHP estão em campo para avaliar os impactos na vida selvagem, enquanto a busca por estratégias de recuperação das áreas atingidas está em andamento.
A coordenadora Isabelle Bueno destaca a necessidade de agir para minimizar as cicatrizes deixadas pelo fogo: “Infelizmente, o incêndio não acabou no sentido que as cicatrizes agora ficam mais evidentes. Temos técnicos do IHP atuando para buscar mensurar quais impactos houveram para a vida selvagem e temos que pensar em formas de tentar agir para a recuperação de áreas atingidas”.
Em meio aos esforços de recuperação, uma iniciativa do Recanto Ecológico Rio da Prata, localizado em Jardim (MS), destaca-se. Diante da urgência em restaurar o ecossistema, 580 mudas de plantas frutíferas, incluindo amora, mamão, pinha, laranja caipira, araçá e tamarindo, foram doadas para serem plantadas em áreas de comunidade.
Apesar dos avanços, os desafios persistem. O último monitoramento da região antes da equipe descer para Corumbá (MS) foi realizado nesta segunda-feira (5). A viagem, que leva cerca de 5 horas pelo rio Paraguai, marca o encerramento de uma fase intensiva de combate e monitoramento.
Com informações da Assessoria o Instituto Homem Pantaneiro