A primeira semana de 2024 será marcada por muita chuva em MS

Foto: Arquivo
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As altas temperaturas também devem continuar nos primeiros meses do ano

 

A primeira semana de 2024 será marcada por muita chuva, em Mato Grosso do Sul. Segundo o Climatempo, a Zona de Convergência do Atlântico Sul, que é o principal sistema meteorológico responsável pela chuva no verão brasileiro, vai influenciar nas precipitações em todo o Centro-Oeste, incluindo Mato Grosso do Sul, Sudeste e parte do Nordeste brasileiro.

A zona é caracterizada por uma persistente banda de nebulosidade, que se estende desde a Amazônia até o oceano Atlântico. E ainda, conforme o Climatempo, o sistema está associado a uma sequência de dias chuvosos que, em muitas ocasiões, provocará episódios de chuva extrema e, por consequência, desastres naturais como, por exemplo, inundações e deslizamentos de terra.

Este próprio fim de semana, que antecede a chegada de 2024, começou com o tempo instável e registrou chuvas em alguns municípios e ele segue com a probabilidade de precipitações de intensidade fraca a moderada, em Mato Grosso do Sul, acompanhada de raios e rajadas de vento.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), as instabilidades atmosféricas ocorrem devido ao intenso transporte de calor e umidade. Além disso, o avanço de uma frente fria, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e o deslocamento de cavados favorecem a formação de nuvens e chuvas, no Estado.

ALTAS TEMPERATURAS

A estação mais quente e ensolarada do ano, o verão, começou no último dia 22 de dezembro. Além da estimativa de chuvas, a previsão indica altas temperaturas, com predomínio de valores acima da média climatológica e Mato Grosso do Sul é um dos Estados que tem apresentado calor extremo.

Segundo as temperaturas registradas pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o Estado foi o local mais quente do Brasil na última sexta-feira do ano, 29 de dezembro, com temperaturas acima dos 40°C.

Porto Murtinho registrou 42,3°C, sendo a cidade mais quente do país; Aquidauana, 40,9°C; Água Clara, 40,7°C; Jardim, 40,3°C e Maracaju, 40,1°C. A capital, Campo Grande, também ficou entre as mais quentes do país na sexta- -feira, com a temperatura máxima de 36,3°C.

Onda de calor

Em 2023, ano que chega ao fim, o Brasil somou 65 dias de muito calor, o equivalente a quase um quinto do ano (18%), de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia. Entre julho e novembro, foram cinco recordes seguidos de temperatura média.

O ano de calor atípico foi motivado por vários fatores. Um deles foi os impactos do fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do oceano Pacífico, na região da Linha do Equador.

As ondas de calor, cada vez mais frequentes, também se devem ao aquecimento global. “Além da elevação da temperatura dos oceanos, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre, por conta do aumento das emissões de gases do efeito estufa”, registrou o Inmet.

Com nove ondas de calor em 2023 e seguindo uma tendência mundial, o Brasil deverá continuar com uma sucessão de altas, marcando recordes de temperatura em 2024. “Entraremos em um ano em que os extremos se tornarão ainda mais frequentes e, em alguns casos, com maior intensidade”, afirmou o coordenador de Ciências da Terra do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Gilvan Sampaio, para o DW Brasil.

 

Por Rafaela Alves  

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