Janeiro Branco: “Ir a um profissional da saúde mental é tão essencial como beber água”, diz psicóloga

Bons hábitos na rotina também podem contribuir para os cuidados com a saúde do corpo e da mente
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Bons hábitos na rotina também podem contribuir para os cuidados com a saúde do corpo e da mente Foto: reprodução

O cuidar da mente, tão essencial como beber água, é o norte de sua vida e, mesmo que tenha acontecido de repente, é como se já estivesse escrito. Foi pura intuição, afinal, exercer algo que faça a diferença esteve desde o início em seus planos. Na verdade, o norte que Talita pensa ser o dela, é o que norteia tantas outras pessoas.

A psicóloga Talita Vanessa Akamine Silva Moreira de 28 anos, e que há cinco se dedica à área e hoje é mestranda em psicologia pela UFMS relata a importância da escolha pela profissinal.

“Escolhi psicologia no mês que prestei vestibular, foi meio que por intuição. Sempre pensei em fazer algo importante e que pudesse ajudar as pessoas. Já no primeiro dia de aula eu soube que era o que gostaria de fazer pelo resto da minha vida. Lembro de ter chorado escutando a apresentação das professoras, foi como ter encontrado uma parte que faltava em mim”, lembra a profissional.

Falar sobre uma temática tão necessária como esta ganha ainda mais força logo que o novo ano chega, com o Janeiro Branco, um tempo de conhecimento, disseminação de infomração e valorização da saúde.

“Saúde mental está além de uma Classificação Internacional de Doenças (CID) ou de plenitude. Saúde mental é um todo, acredito na integração: biológico, mental e social”, complementa Talita.

A relevância da mente que precisa ser pauta frequente, ganha mais um motivo de peso: estamos constantemente à beira de perdê-la. “A sociedade nos avisa o tempo todo da nossa baixa produção, de não estarmos 100% no padrão estético, além dos nossos traumas, dores, medos e anseios”, diz.

Não só abordar o assunto, manter em dia a mente, tendo o acompanhamento de um profissional, inclusive, é tão importante quanto funções básicas do dia a dia. Para a psicóloga, isto é primordial, ainda mais diante do mundo globalizado, com ritmos intensos de trabalho, sedentarismo, alimentação inadequada, consumo de álcool exacerbado, abuso das redes sociais e tantos outros gatilhos.

A respeito, especificamente, de acompanhamento psicológico e o quão significativo isto é, Talita lembra do primeiro adolescente que atendeu. Ali, conforme contou, ela precisou repensar em sua própria vida. “Me marcou, foi um paciente adolescente com ideação suicida, em extremo sofrimento psíquico. Aquilo me fez repensar na vida e na conduta terapêutica mais assertiva para esses casos”.

Sobre os resultados que os pacientes conquistam, Talita é certeira ao dizer que não tem preço poder acompanhar o desenvolvimento de cada um. “É muito bom! Ver o movimento de tomada de consciência, insights, é fascinante. Em vários casos o paciente não enxerga a evolução, normalmente são as pessoas ao seu redor”.

Por isso, ir a um profissional que cuide da saúde mental tem a mesma necessidade como a de beber água. “O mundo está doente, precisamos de alguma forma nos aliviar, nos blindar. No processo psicológico se aprende a amar, aceitar o amor, a se frustrar, lidar com tudo, entender o sentido da vida e encaixar as emoções nos melhores lugares possíveis. Fazer psicoterapia é entender que a dor não é só aquela que paralisa, é também a que cura”, finaliza Talita.

Com informções da assessoria de imprensa.

2 thoughts on “Janeiro Branco: “Ir a um profissional da saúde mental é tão essencial como beber água”, diz psicóloga”

  1. Muito pertinente o Janeiro Branco mês que destaca a necessidade de chamar a atenção da população quanto aos cuidados com a saúde mental. Acredito que não há idade e/ou classe social para as pessoas serem acometidas por dores psicológicas ou da alma. No passado, principalmente a depressão, era tida como fraqueza ou outros “adjetivos” pejorativos. Hoje, com mais informação e menos preconceito, as pessoas se sentem mais seguras para procurar um profissional capacitado e falar sobre suas angustias, como bem apontou a psicóloga Talita.

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