Viva a Ciência regional: Ciência com “DNA” de MS e do Centro-Oeste

Foto: divulgação
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No início da semana, 29 e 30 de Abril, ocorreu em Goiânia a etapa regional Centro-Oeste da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Cientistas e entidades da sociedade civil de MS, MT, GO e do DF reuniram-se para apresentar, desde o ponto de vista de suas experiências regionais, recomendações para a formulação das políticas públicas nacionais de CT&I – Ciência, Tecnologia e Inovação.

O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), representado na etapa regional pela própria ministra Luciana Santos, não apenas reconheceu a importância e o potencial da ciência regional, mas mostrou-se bastante sensível às especificidades das demandas do Centro-Oeste.

Mato Grosso do Sul foi bem representado na Conferência regional. Sob a coordenação da SECTI – Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação de MS, cientistas de todas as regiões do estado e representantes de setores e de entidades estratégicas da sociedade civil sul-mato-grossense levaram e apresentaram com impacto de influência suas sugestões. Temas como Bioeconomia, Ciência e Sociedade, financiamento da Ciência regional, relação Ciência-Indústria-Empresa-Inovação, desenvolvimento tecnológico, entre outros, foram debatidos e converteram-se em recomendações concretas para o plano nacional de CT&I dos próximos anos.

A comitiva de Mato Grosso do Sul não foi apenas a maior e a melhor representada do ponto de vista da equidade geográfica do estado, foi também a mais diversa e plural: olhou para os setores estratégicos sociais, para as Universidades públicas e privadas, Institutos e centros de pesquisa do estado. Além disso, olhou também para a diversidade epistemológica das ciências, isto é, estiveram presentes representantes de todas as grandes áreas científicas. Especialmente ilustrativo é o fato da presença das ciências humanas, o que demonstra uma visão ampla e aprofundada de Ciência por parte dos gestores estaduais, visão alinhada às melhores práticas internacionais de CT&I, cuja tendência é marcada pelo entendimento de que os enormes desafios globais/locais do nosso tempo só poderão ser compreendidos e enfrentados por meio da interdisciplinaridade científica.

Os resultados da participação de MS na etapa regional são muitos e variados. Destaco três principais: conseguimos propor ao plano nacional de CT&I recomendações relevantes desde a prática científica do Centro-Oeste, conseguimos mostrar ao Centro-Oeste o quanto a comunidade científica sul-mato-grossense é vibrante, atuante e pujante, e conseguimos reafirmar a esta própria comunidade científica, assim como à população de Mato Grosso do Sul, o quanto a ciência local, ciência com “DNA” sul-mato-grossense, é comprometida, potente e inovadora.

Há desafios, sem dúvida, precisamos de maior integração entre nós, maior interação com a população, com setores e entidades sociais etc. De todo modo, a 5ª Conferência Nacional de CT&I e suas etapas estadual e regional já foram e ainda serão uma excelente oportunidade para a comunidade científica de MS se interrogar sobre o seu valor e o seu papel regional, e principalmente sobre o seus planos para o futuro.

 

Weiny César Freitas Pinto

Professor do Curso de Filosofia e do Mestrado em Psicologia da UFMS

Coordenador (Pro tempore) do FEFICH (Fórum Estadual de Filosofia e Ciências Humanas de MS)

[email protected]

 

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