Verdade em tempos de narrativa

Foto: Divulgação
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Na política, é muito comum escutarmos a palavra narrativa. Mas o que vem a ser isso? Segundo o dicionário Aurélio, narrativa é “Ação, efeito ou processo de narrar, de relatar, de expor um fato, um acontecimento, uma situação (real ou imaginária), por meio de palavras; narração.” 

Pois bem, sabemos que na luta política um dos pontos estratégicos é a informação. Como fazer com que a verdade chegue ao público, e assim o mantenha informado sobre o que, de fato, está acontecendo no cenário político, na atualidade? 

Nesse cenário, ocorrem as batalhas de narrativas, em que diversos segmentos da sociedade interpretam os fatos ocorridos na política, seja ela nacional, estadual e municipal, de maneira a reproduzir, junto à sociedade, aquela mensagem no intuito de conduzir a opinião pública em determinado sentido. 

A questão que se coloca é: seria moralmente lícita a criação de narrativa em detrimento da realidade dos fatos? Temos observado o uso abusivo do desenvolvimento de narrativas muitas vezes desligadas da realidade dos fatos, algo que tem desgastado a imagem dos principais veículos de comunicação do país, que inobstante esse desgaste institucional seguem diariamente na direção de modeladores da opinião pública. 

No entanto, em tempos de internet, em que o livre tráfego de informações ainda impera, podemos observar, diariamente, a queda de narrativa após narrativa, e isso se dá por um motivo muito simples: a verdade possui luz própria, ou seja, ao se confrontar uma narrativa enviesada com a realidade dos fatos, a primeira cai por terra.

 Em tempos em que se procura fazer imperar o relativismo absoluto, valores como verdade e beleza são postos à prova diariamente, entretanto, ao se contemplar a verdade e a beleza, por exemplo, tudo o que for narrativa se dissipa naturalmente. Nesse sentido, negar a realidade em detrimento de uma narrativa seria como tentar revogar a lei da gravidade, ou seja, tentar impor a vontade humana sobre a de Deus, uma vez que a verdade provém de Deus.

Por – Gabriel Pollon

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