Retrospectiva: Um ano de governo Lula

Foto: reprodução
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Como diria Manoel de Barros, o dia envelheceu e 2023 se aproxima do entardecer. Iniciamos o ano ímpar com a posse presidencial, pela terceira vez, de Luiz Inácio do Lula da Silva, depois de derrotar Bolsonaro de forma democrática, popular e nas urnas eletrônicas.

Oito dias após o novo mandato entrar em exercício, parcela do Brasil viu com perplexidade a praça dos três poderes, em Brasília, ser atacada e vandalizada por terroristas, antidemocráticos e apoiadores radicais do ex-presidente que não aceitavam o resultado da eleição, cujo prejuízo foi estimado em mais R$ 12 milhões de reais aos cofres públicos.

No transcorrer do ano, vimos uma “queda de braço” nada positiva do Congresso Nacional contra o Poder Executivo (presidente da República) e o Poder Judiciário (STF). Ao ponto que, pautas como o fim da reeleição no Executivo e o mandato para ministros do STF, longe de serem temas mais relevantes diante de um país que saiu de uma pandemia e está em meio a uma crise econômica, passarão a ser prioridades no campo político para 2024 e devendo servir para pressionar e chantagear o presidente da República e os ministros do STF.

Apesar de o presidente Lula ter aprovado importantes matérias no Congresso Nacional, no seu primeiro ano de mandato, como a MP dos Ministérios, arcabouço fiscal, Zanin e Flávio Dino no STF, Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, igualdade salarial entre homens e mulheres e reforma tributária, a relação com o Congresso tem sido desafiadora para o governo petista.

Outro ponto que demandou atenção do governo Lula foram os severos desastres ambientais, desde as fortes chuvas que provocaram alagamentos e deslizamentos em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina até as secas, calor e queimadas que atingiram Amazônia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O desmatamento na Amazônia diminuiu 22,3% e atingiu o menor índice, desde 2019.

Frente à economia, chegamos no fim do ano com a queda do desemprego e dos juros e saltamos duas posições no PIB e o Brasil volta a ser a nona maior economia do mundo. O Fundo Monetário Internacional (FMI) havia previsto que a economia brasileira estaria em desaceleração e com crescimento de apenas 1%, em 2023. Entretanto, o FMI falhou e o crescimento no governo Lula para o ano de 2023 está em 3% e a taxa de desemprego abaixo de 8%, algo que não acontecia desde 2014.

Internacionalmente, buscando restabelecer a imagem do Brasil com o mundo, o presidente Lula, em seu primeiro ano de mandato, visitou 24 países e tornou-se presidente do Mercosul e presidente do G20, o grupo das maiores economias do mundo.

Apesar de muito ainda se ter que avançar, em especial economicamente e na questão da fome, a reconstrução e união do país, metas do presidente Lula, vem sendo perseguidas e os dados vêm comprovando melhorias na diminuição do preço da comida, da gasolina, o aumento real do salário-mínimo, o retorno das políticas públicas como prioridade de governo, o desemprego caindo e a vida do brasileiro melhorando.

 

Por Tiago Botelho.

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