Filho, quando vieres a Mim, venha com rapidez, com o entusiasmo do amor. Se te arrastares porque não consegues desprender-te de tuas ocupações, das pessoas, das tuas coisas, onde está o amor? Não Me faças esperar. Ia dizer: “longo tempo”; porque sempre te espero.
E como não te esperar sempre, a ti que desejei desde a eternidade? Quando se deseja assim, quando um filho Meu vem à existência, não se quer perder um só segundo em não amar, em não se ter por perto.
Estás disposto a deixar-te, para vir a Mim? Quando Falo em “deixar-te”, falo no sentido de não estar centrado em ti, sem Me querer, numa fria autossuficiência, sem o calor do afeto que só um Pai pode dar.
Não Me prives do prazer de chamar-te, pois se perceber tua indiferença, não terei coragem de convidar-te para estar junto a Mim. Sentes-te alegre simplesmente porque estás esperando um amigo.
Mas, e se ele se esquecer e não chegar? Ou se preferir visitar outra pessoa? Sentir-te-ias defraudado e triste. E Eu Sou infinitamente mais sensível do que tu, amigo Meu. Há sofrimentos que nem sempre se manifestam, pois são muito pesados.
Não sabes a dor que sinto pela indiferença, pelo abandono, pelo ódio com que Me tratam. Para se saber terias que ter um amor de tamanho infinito, pois quanto mais se ama, mais se sofre por não ser querido. Ama-Me por ti e ama-Me pelos outros, consola-Me filho daqueles que não Me amam.
Padre Rosenei Pauli.