Confira a coluna “Segredos de Estado” por Laureano Secundo

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Sem chance de errar

Pelos cálculos dos candidatos e seus assessores, a campanha eleitoral terá basicamente 30 dias de duração, ou seja, no dia 15 o TRE/MS deve expedir o CNPJ das campanhas que é quando a candidatura já estará regularizada e o candidato pode agir como tal, isso leva alguns dias. Então, a expectativa de que somente em setembro é que terão a liberdade de ir ao encontro do eleitor para tentar conseguir o voto e como o primeiro turno acontece no dia 6 de outubro, então é neste período que a campanha se desenvolverá oficialmente.

Será uma campanha de tiro curto, o que deixa o candidato com pouco tempo para realizar correções de rumo no caso de erros muito graves e nesses tempos de redes sociais com propagação imediata de fatos e boatos a situação torna-se ainda mais complicada. Uma das constatações é de que aquela máxima de quem vence a eleição que comete menos erros está a cada dia mais verdeira. Errar na estratégia é outro problema que pode ser fatal para uma campanha.

Puxador de votos

O deputado cassado Rafael Tavares está sendo considerado como o principal puxador de votos na chapa do PL. O problema é que ele já está se tornando o maior crítico da decisão do partido em fazer aliança com o PSDB e ataca abertamente nas redes sociais a candidatura de Beto Pereira a prefeito de Campo Grande.

Desconforto

Alguns deputados estaduais e federais do PSDB estão evitando comentar sobre a aliança do partido com Bolsonaro, que deve levar o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja a assinarem ficha de filiação ao PL ou até mesmo no PP, partidos bolsonaristas.

Partido forte

A saída de Riedel e Reinaldo do PSDB pode acabar fortalecendo o MDB com os dissidentes que ficarão no ninho tucano e que unidos aos emedebistas devem compor uma federação que contará ainda com integrantes do Cidadania. Essa aliança não deverá alinhar-se a Bolsonaro e tende a buscar uma candidatura de centro.

Medo do estrago

Ao ser indagado por um aliado sobre a razão de ter buscado a aliança com o PL e mais especificamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB, alegou que procurou evitar o estrago que o grupo poderia fazer durante a campanha eleitoral.

Congestionamento

A escolha de um novo conselheiro para o Tribunal de Contas e o resultado das eleições municipais poderão interferir na eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Inicialmente, os deputados preferem não tocar no assunto antes de novembro, mas a definição de um novo membro para a corte pode ser antecipada.

Junto e misturado

Com início previsto para a próxima sexta-feira (16), o horário eleitoral e os estrategistas de marketing já estão com tudo preparado para disparar os programas nas redes sociais. Ao mesmo tempo, em que estiver sendo apresentado no rádio e na TV, vai para WhatsApp e outras redes.

Meninos eu vi

O ex-deputado e ex-conselheiros do Tribunal de Contas, João Leite Schimidt, que sempre teve muito prestígio nos bastidores das campanhas eleitorais em Mato Grosso do Sul, sempre tinha soluções para os momentos de crise da campanha. Durante a campanha do ex-senador Levy Dias, que concorria ao Governo do Estado em 1994, João Leite Schimidt foi indagado sobre qual seria a estratégia para vencer um candidato que liderava a pesquisa e tinha fama de ser honesto e deu a seguinte resposta.

– Temos que mostrar que o gigante tem pés de barro.

Frase

“Me sinto desconfortável com essa aliança entre PSDB e PL”
Deputado federal Geraldo Resende (PSDB)

 

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