Confira a coluna ‘Segredos de Estado’

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

O fim da reeleição 

Em 2024, o Senado deverá votar uma reforma política que poderá determinar o fim da reeleição e se isso valerá para 2026 ou para 2030, no caso das disputas para os governos de Estado e no caso das eleições municipais, entrarão em vigor a partir de 2028. Se isso acontecer muita coisa deve mudar, pois um dos reflexos, em Mato Grosso do Sul, é que Eduardo Riedel, por exemplo, não poderá concorrer, o que consequentemente muda as articulações para a disputa eleitoral de 2024.

Reinaldo Azambuja, por exemplo, passaria a ser o nome mais forte dos tucanos para o Governo do Estado, tanto em 2026 quanto em 2030 ou, não tornaria tão improvável uma aliança com Tereza Cristina (PP). As mudanças também podem influenciar, por exemplo, uma aproximação do ex-governador André Puccinelli com o PP e um afastamento definitivo do MDB em relação ao PSDB. Já o PT teria que pensar em um nome e a ala mais radical do bolsonarismo também teria que buscar um caminho próprio, caso ainda tenha como sonho deixar de ser coadjuvante do PP.

Menos influente 

As investigações sobre o que aconteceu durante a semana que passou deixaram o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) bem enfraquecido no jogo da sucessão, em Dourados. O temor é que as investigações ganhem rumos que possam complicar ainda mais a vida do parlamentar.

Reforma

Os deputados são os maiores críticos de Pedro Caravina como secretário de Governo e Gestão Estratégica, e é justamente para a Assembleia Legislativa que ele deve voltar quando deixar o cargo, na reforma do secretariado, o que já é especulado nos bastidores da Governadoria.

Substitutos

O nome de Sérgio de Paula voltou a subir de cotação entre os tucanos para assumir a Secretaria do Governo Riedel, em substituição da Pedro Caravina, que pode retornar ao mandato de deputado. Outro nome que surge é o do atual secretário de Fazenda, Flávio César.

Secretaria da esquerda 

A nova pasta que vai ser criada pelo governo Eduardo Riedel, denominada Secretaria da Cidadania, está sendo criada para acomodar a esquerda na atual administração e servir de interlocutores junto ao governo Lula, que tem nos investimentos em obras sociais uma de suas prioridades.

Simone no STF 

Depois de Flávio Dino, a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, seria o nome preferido de Lula para ir para o STF quando abrir mais uma vaga. Um dos critérios para a indicação de Simone, assim como Dino, está no fato de ser anti-Bolsonaro, o que equilibraria a balança na corte que, durante a primeira administração, ganhou dois fiéis aliados do ex-presidente.

PSD bolsonarista 

O PSD em Mato Grosso do Sul vai alinhar-se ao bolsonarismo e pode até mesmo indicar o candidato a vice de Adriane Lopes, caso a candidatura de Pedrossian Neto não decole. Quem deve determinar o caminho a ser seguido será o senador Nelsinho Trad, que já declarou sentir saudade do tempo de Bolsonaro na presidência.

Meninos, eu vi 

O ex-deputado Ivo Cerzózimo era tido como um dos mais astutos negociantes, na hora de tramitação de projetos de interesse do Governo do Estado. Os líderes ligados ao governo sempre deixavam para negociar com ele muito depois de já terem assegurado uma maioria consistente para a aprovação da proposta. Num destes momentos, Ivo Cerzóziomo, quando percebeu que a votação caminhava para um impasse, simplesmente desapareceu, o que obrigou a uma verdadeira operação de busca. Assim que foi localizado, ele já se adiantou e disse:

– Se demorassem mais duas horas vocês teriam um prejuízo maior.

Por Laureano Secundo. 

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