Confira a coluna: Segredos de Estado

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Pode ser a economia 

“It’s the economy, stupid!”. Está foi a afirmação de James Carville, estrategista do então candidato a presidente dos Estados Unidos, Bill Clnton, em 1992, quando discutiam o que deveria ser o principal mote da campanha contra George H.W.Bush, que tentava a reeleição. A economia dos Estados Unidos atravessava uma recessão e Bush, que chegou a ter 90% de aprovação após a invasão do Iraque, viu seu apoio reduzir-se drasticamente e perdeu aquela eleição. 

No Brasil, logo após o término da era dos generais, em 1986, com o Plano Cruzado, o governo Sarney viveu uma intensa lua de mel com a opinião pública, que desabou já em 1987 e rastejou no final da sua gestão. Tudo se repetiu com o governo Collor, assim que colocou em prática seu Plano Econômico e por fim o Plano Real levou o ministro da fazenda do governo do presidente Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, a se eleger, ainda no primeiro turno. Mesmo Lula, apesar da CPI dos Correios, que tomou conta dos noticiários em 2005, conseguiu reeleição em 2006, pois a economia estava tranquila. Para 2024 já se sente indicativos de que a economia pode ter forte influência nas eleições.

Nas ondas do rádio 

O deputado estadual Lucas de Lima tem sido a bola da vez em todas as pesquisas, pois lidera os levantamentos espontâneos e ainda tem a menor rejeição. Ele, no entanto, tem um problema, que é saber se a direção nacional do PDT vai bancar sua candidatura, caso um nome do PT venha a se destacar.

Preocupação

 Apesar de estar no governo e ter candidatos em todos os municípios, a direção do PSDB estadual teme ficar esmagada entre os bolsonaristas e petistas. O partido pode perder muitos votos, tanto para os candidatos de direita quanto de esquerda, cujos principais partidos estarão na disputa dos maiores colégios eleitorais.

No comando 

A superintendente da Sudeco, Rose Modesto, já está no comando do União Brasil, apesar de uma minoria, ligada à ex-senadora Soraya Thronicke, ainda fazer muito barulho e viver tentando desestabilizá- -la. Pouca gente, no entanto, acredita que o partido possa sair do comando da ex-deputada.

Vereador

 O ex-candidato a governador, Capitão Contar recebeu, do presidente Jair Bolsonaro, conselho para que concorra a vereador, em 2024. Se realmente seguir a orientação do seu líder, ele poderá complicar a disputa proporcional em Campo Grande, desequilibrando os números. 

PL

 Um convite do presidente Jair Bolsonaro pode levar o senador Nelsinho Trad a deixar o PSD e assinar ficha no PL, para poder concorrer à reeleição em 2026, numa chapa que teria como candidato, ao Governo do Estado, a senadora Tereza Cristina. O primeiro passo, nesse sentido, foi Nelsinho ter transferido o comando do diretório municipal do PSD para o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto. 

Tô fora 

Mais uma vez, o governador Reinaldo Azambuja disse não a uma articulação de membros do PSDB, que tentava convencê-lo a disputar a Prefeitura de Campo Grande. Ele disse que não há a menor chance de isso ocorrer e que o nome do partido será mesmo Beto Pereira. Meninos, eu vi

 Durante a tramitação da Lei do Orçamento, na Assembleia Legislativa, os parlamentares travavam um acirrado debate, extremamente técnico, recheado de termos e índice de economia. O então deputado estadual Oscar Goldoni, que pouco entendia de economia, acabou tendo que se manifestar sobre o posicionamento do seu partido, o PDT, a respeito de uma das votações e saiu com essa pérola. – Se fosse churrasco ou chimarrão eu poderia opinar, mas, sobre Orçamento, vou confiar no relator.

Por – Laureano Segundo

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