Confira a coluna “Segredos de Estado”

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

A direita

Logo depois da divisão do Estado de Mato Grosso, que deu origem a Mato Grosso do Sul, surgiram dois grupos políticos distintos: um que seguia a liderança do ex-governador Pedro Pedrossian e outro que agrupou-se em torno do MDB e que, ao eleger Wilson Martins, governador em 1982, transformou-se na oposição ao “pedrossianismo”. Assim, esses dois grupos permaneceram alternando-se no poder, sendo que era uma outra parte do eleitorado, que não era nem um e nem o outro, que acabava decidindo as eleições, dependo para qual lado pendia.

Em 1998, com a eleição de Zeca ao governo, marcou-se a ascensão do PT e o declínio do pedrossianismo, passando a disputa pelo poder a ser dividido entre petistas e emedebistas, o que permaneceu até 2014, quando Reinaldo Azambuja elegeu-se. A partir de 2018, o bolsonarismo surgiu e já em 2022 elegeu Tereza Cristina ao Senado e, agora, em 2024, tentará eleger e vencer na Capital para, em 2026, tentar se consolidar como força política em Mato Grosso do Sul, talvez com a própria Tereza Cristina concorrendo ao governo.

Menos agendas

O PSDB quer que, a partir de agora, o governador Eduardo Riedel tenha cada vez menos agendas com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes e, quando isso acontecer, que o deputado federal e pré-candidato a prefeito de Campo Grande, Beto Pereira, também esteja presente.

Clima pesado

O clima andou muito tenso entre o deputado federal Vander Loubet e a sua colega de parlamento, Camila Jara. Foi preciso usar de muitos panos quentes para acalmar os dois lados. Conforme informações, a irritação tem como pano de fundo as articulações com vistas à eleição de 2024.

Candidatos

Por enquanto, Marcos Pollon prefere continuar pré-candidato a prefeito de Campo Grande, muito embora a entrada da prefeita Adriane Lopes no PP comece ser considerada uma sinalização de que as forças de direita queriam se unir em torno dela, para tentar conquistar o poder na Capital.

Dia do Fico

O deputado estadual Zé Teixeira parece ter ouvido, do exgovernador Reinaldo Azambuja, o que estava esperando, pois, na semana passada, praticamente decidiu que deverá permanecer no PSDB e até assinou um pacto entre os tucanos, para que aquele que estiver melhor nas pesquisas seja o candidato a prefeito de Dourados.

Guerra de pareceres 

Nos bastidores da política da Capital, já surgem pareceres que consideram possível que a prefeita Adriane Lopes concorra à reeleição, mas também há outros que consideram exatamente o contrário.

Destino

Um grupo de vereadores, que hoje está no PSD, já teria como destino o MDB, do ex-governador André Puccinelli. Esse mesmo grupo já deu ultimato para o presidente regional do PSD, senador Nelsinho Trad, que é acusado de ter abandonado o partido

Meninos, eu vi

O senador Delcídio Amaral, assim que entrou no mundo político de Mato Grosso do Sul, como todo novato, foi alvo da desconfiança da maioria dos líderes da política local. Dentre outras coisas, ressaltava-se a sua falta de experiência para tentar ocupar uma cadeira no Senado Federal. Uma das respostas que ele deu foi uma citação que ouviu, quando trabalhou com um dos maiores empreiteiros da história do país, Sebastião Camargo, dono da Camargo Correia.

– Seu Sebastião me disse um dia que, se você usar de bom senso poderá fazer de tudo nessa vida.

Por Laureano Secundo.

 

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