Confira a coluna “Segredos de Estado”

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Amor antigo

Em 1994, o MDB e o PSDB construíram uma aliança que teve Wilson Martins como candidato ao governo e Lúdio Coelho como candidato ao Senado que, salvo ocasiões pontuais, prosseguiu até 2012, quando Reinaldo Azambuja decidiu concorrer a prefeito de Campo Grande e os tucanos não indicaram o vice na chapa do MDB, encabeçada por Edson Giroto. Ambos foram derrotados naquela eleição por Alcides Bernal e o MDB iniciou um período de declínio, enquanto o PSDB, em 2014, chegou ao Governo do Estado e lá está, até hoje.

Para a eleição de 2024, os partidos caminham para o retorno da antiga aliança, tentando construir um núcleo de centro, para fazer frente ao crescimento dos partidos de direita e tentando evitar o fortalecimento do PT. Desta vez, os tucanos tentam encabeçar a chapa, mas o ainda combalido MDB não tem garantia de que poderá indicar um vice, até mesmo pela falta de nomes fortes nas suas hostes.

Rose

Ao assumir a Sudeco, Rose Modesto tenta seguir um caminho que foi feito pelo ex-senador Ramez Tebet, que presidiu a Superintendência de Desenvolvimento do Centro- -Oeste (Sudeco) logo após ter deixado o Governo de Mato Grosso do Sul, em 1987. Após passar pelo órgão, Ramez acabou se elegendo senador, em 1990.

Homem não entra

Pelo mesmo por enquanto, a prefeita Adriane Lopes vem se aproximando de lideranças políticas do sexo feminino, como a senadora Tereza Cristina e a ex-deputada federal Rose Modesto. Comenta-se que, no caso de Rose, foi feito um acordo para que se uma for candidata a outra desiste.

Frente de esquerda

O deputado estadual Lucas de Lima vem tentando unir uma frente de partidos de esquerda para dar sustentação ao seu projeto de concorrer à Prefeitura de Campo Grande. Por enquanto, não vem despertando interesse, apesar de ter boa posição nas pesquisas.

MDB

O MDB poderá ser utilizado como linha auxiliar do PSDB na disputa eleitoral deste ano, recebendo nomes que venham a ser candidatos à Câmara municipal ou até mesmo a um possível vice, para a chapa de Beto Pereira.

Desfalque tucano

A aproximação entre o vereador João Rocha e a prefeita Adriane Lopes foi considerado um desfalque para a candidatura do PSDB a prefeito da Capital e um forte indício de que ela vai tentar a reeleição. Rocha, apesar de ter sido eleito pelo PSDB, migrou para o PP e hoje é aliado da senadora Tereza Cristina e sua ida para a prefeitura foi uma indicação da senadora.

Finalmente

Com a possível ida de João Rocha para a prefeitura, Cláudio Serra, que vem tentando um mandato, nas últimas eleições, assume o cargo de vereador. O nome dele esteve sempre nas listas de candidatos com o apoio do ex-governador Reinaldo Azambuja.

Meninos, eu vi 

Ser indicado para o Tribunal de Contas é um sonho acalentado por muitos políticos do Estado, mas o ex-vereador Eduardo Contar, sempre bem-humorado, depois de de ter sido eleito fazia piada por ter sido a única pessoa que não aceitou uma indicação para o TCE/MS.

– Eu fui o único a trocar uma vaga no Tribunal de Contas pela presidência do Banco de Mato Grosso do Sul, o banco que nunca existiu.

Por Laureano Secundo.

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