Confira a coluna ‘Conectado’

bosco martins
Foto: Acervo Pessoal

BNDES 

O governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) obteve aprovação para o financiamento, junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de R$ 2,3 bilhões, que serão usados para um amplo pacote de investimentos em infraestrutura, no MS. Na primeira foto oficial, ele aparece junto ao presidente Lula, com o documento já assinado com a quantia contratada, e que somada a R$ 7,5 bilhões de recursos próprios, totalizarão um investimento de R$ 9,8 bilhões em infraestrutura e logística nas rodovias estaduais, que são aquelas com prefixo MS antes da numeração e estão previstas para acontecer até 2026. Entre elas, a tão sonhada duplicação da BR-262, trecho Campo Grande a Três Lagoas. 

BNDES 1 

A Assembleia Legislativa de MS recebeu, ainda no início de outubro deste ano, a solicitação, por meio de um projeto de lei autorizativo, enviado pelo governador Eduardo Riedel, pedindo autorização, para captar, junto ao BNDES, esse financiamento para a reestruturação e duplicação de rodovias, incluindo trechos da BR-262. Com o lançamento do Novo PAC, a expectativa é que verbas federais sejam destinadas para a duplicação da BR-262 em Mato Grosso do Sul e nos demais municípios em que está instalada. 

BNDES 2 

Além do governador Eduardo Riedel, a solenidade em Brasília contou ainda com a participação de outros governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Helder Barbalho (Pará). Pelo governo federal, o presidente Lula foi acompanhado pelo presidente do BNDES, Aluizio Mercadante, pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. “Em Mato Grosso do Sul haverá investimento na estrutura logística rodoviária do Estado, o que vai aumentar bastante a produtividade do agronegócio”, destaca Mercadante, em sua fala. O banco vai conceder R$ 7,5 bilhões em financiamentos para investimentos, além de Mato Grosso do Sul, também no Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará e Sergipe. 

BNDES 3 

Já o ministro Rui Costa destacou que houve uma demanda grande dos governadores por infraestrutura e logística. “Falamos que não seria pelo PAC esses investimentos em rodovias estaduais, mas que viabilizaríamos isso por meio dos bancos estatais, claro, respeitando o limite de crédito de cada Estado”, explica o chefe da Casa Civil. “[Esses investimentos] significam rodovias pavimentadas, acesso aos portos e escoamento da safra. Nosso Estado se transforma. Não tenho dúvida de que Mato Grosso do Sul continuará sendo um dos Estados que mais crescem no Brasil”, afirmou o governador Eduardo Riedel, aproveitando para relembrar que, em breve, haverá uma nova licitação para portos, no Estado. 

Projetos 

O projeto para duplicação da rodovia ainda não foi iniciado. Segundo o Ministério da Infraestrutura já foi solicitada a delegação de competência para que o DNIT no Estado assuma a elaboração de projetos, como forma de dar celeridade, em vez de manter o estudo em Brasília. A previsão é de cinco lotes entre Campo Grande e Três Lagoas e dois ligando Campo Grande a Aquidauana. O DNIT de Mato Grosso do Sul trabalha para começar a fase de estudos, para licitar as obras. O contrato para a terceira faixa, de Três Lagoas a Água Clara, teve problemas e as obras não foram concluídas, o que reforçou a necessidade da duplicação. A BR-262 tem ainda duas unidades da PRF, uma em Água Clara e outra próxima de Três Lagoas. Uma terceira está em construção, em Ribas do Rio Pardo, diante do aumento de veículos no trecho, por conta da instalação da nova fábrica de celulose da Suzano, no município. A obra está sendo custeada pela empresa, como contrapartida de investimentos realizados no Estado e a previsão é entregar no primeiro trimestre do ano que vem. 

Projetos 1 

Atualmente, dois mil veículos pesados e 1,3 veículos leves trafegam, por dia, no trecho e ainda existe a preocupação com o aumento do fluxo de veículos, com a Rota Bioceânica. Esse mesmo avanço no fluxo de veículos pela rodovia é mencionado por Claudio Cavol, diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul. Ele calcula acréscimo de 20% no movimento com a Rota Bioceânica e mais 10% com a conclusão da unidade da Suzano.

Por – Bosco Martins

 

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