Pesquisas
Três pesquisas, com institutos diferentes, sendo dois de fora e um de MS, já foram contratadas para percorrer os 79 municípios do Estado, dando o pontapé inicial no processo eleitoral de 2024. E, segundo o presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, partido que encomendou o levantamento, o intuito é de “conectar-se às expectativas da população”. As pesquisas não vão avaliar somente os potenciais eleitorais dos pré-candidatos, mas visam um rigoroso e fiel retrato de cada município e suas principais lideranças, além de um olhar mais atento e aguçado nas administrações locais, incluindo o primeiro semestre do governador, Eduardo Riedel (PSDB-MS).
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Um dos coordenadores da articulação política na preparação do partido para a campanha de 2024, junto com o ex- -governador Reinaldo Azambuja, o secretário-executivo do governo no Distrito Federal, mas que também mantém escritório em Campo Grande, Sérgio de Paula, destaca o crescimento do PSDB em todas as regiões. Ele pontuou ainda sua certeza no sucesso da estratégia eleitoral a ser adotada, por meio das pesquisas, dando, para isso, aval à credibilidade política e governamental para fazer os debates com o eleitorado e a população. As pesquisas deverão ser analisadas pelo partido no início do mês de julho, quando virá, a Mato Grosso do Sul, o presidente Nacional do PSDB, Eduardo Leite (PSDB-RS).
Minha Casa…
O governo publicou as portarias que regulamentam a Faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida. O programa vai atender a famílias com renda de até R$ 2,6 mil e oferece subsídio que vai de R$ 130 mil a R$ 170 mil, para unidades construídas nas áreas urbanas, em terrenos com melhor infraestrutura. A meta do governo é contratar 130 mil casas para atender a famílias de baixa renda, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). A ideia é que os projetos para atender a esse objetivo sejam apresentados até 28 de dezembro deste ano. O governo decidiu, ainda, reduzir os juros para parte das famílias contempladas e elevar o valor dos imóveis que podem ser financiados. O teto agora subiu de R$ 264 mil para R$ 350 mil.
Barganha
Turismo, sim. Saúde, não. Essa foi a mensagem do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o que o governo está disposto a negociar para facilitar a articulação política e apoio no Congresso. Segundo Padilha, Lula não pretende fazer escolhas políticas para o Ministério da Saúde. “O presidente Lula, em nenhum momento, desde a montagem do seu governo, desde a escolha dos ministros e ministras, colocou o Ministério da Saúde como cota de qualquer partido”, afirmou. Por outro lado, seguem as negociações com o União Brasil para a troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ). A previsão é de que a substituição seja oficializada após Lula retornar da viagem à Europa. Segundo Julia Duailibi, o anúncio não foi feito ainda porque o presidente espera que a ministra peça demissão, em vez de ser demitida, e quer fazer uma sinalização positiva ao partido e se reunir com as lideranças da legenda.
Validade
Por mais poder que tenha acumulado em seus dois mandatos na presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) tem prazo de validade. Em fevereiro de 2025, um sucessor será eleito e, embora a substituição ainda pareça distante, ela já mobiliza os deputados. O centrão não quer largar o osso e surge com dois nomes: Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, e Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, que recentemente previu a falta de uma base sólida para Lula ao longo de todo o mandato. Para evitar esse cenário, governistas tentam viabilizar o líder do PSD, Antonio Brito (BA). Dono da segunda maior bancada, o PT, até hoje escaldado pela derrota para Severino Cavalcante (PP-PE), em 2005, tende a não lançar um candidato e apostar em um nome de consenso.
Suspensão
Enquanto isso… O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do inquérito que corre na Justiça Federal de Alagoas, contra pessoas ligadas a Lira num esquema de pagamento de propinas e superfaturamento de kits de robótica para escolas. O principal acusado é Luciano Cavalcante, assessor e aliado de longa data do presidente da Câmara. Em seu pedido, Aras alega que as investigações esbarraram no deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF) e que, por isso, o caso deve subir para o Supremo.
Expectativas
Eleitor de Lula no segundo turno de 2022 e conselheiro econômico da ministra Marina Silva em campanhas presidenciais, o economista Eduardo Giannetti afirma que o novo governo está vencendo a batalha das expectativas depois “de um começo muito claudicante”. Os sinais estão na valorização do real, na alta da Bolsa e na queda do risco país. “Estão vendo que o governo Lula tem um perfil na área econômica que é mais o do centro democrático liberal, não do PT raiz”, afirma, em relação à visão dos investidores internacionais.
Dividendos
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a orientação do governo para a Petrobras mudou de forma a evitar a distribuição do volume de dividendos “como se fosse o Papai Noel”. Segundo ele, essa orientação mudou para que a estatal passe a investir para gerar emprego. “Sobre Petrobras e dividendos, eu diria que é um atentado contra a população brasileira, porque nenhuma empresa privada do mundo, de setor nenhum, distribui um montante desse, de valor proporcional ao seu faturamento, ao seu perfil econômico”, afirmou, durante almoço com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo. Em 2022, a companhia foi a segunda maior pagadora de dividendos no mundo, com a distribuição de US$ 21,7 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões) a seus acionistas.
Por Bosco Martins.
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