Aliança
Apesar de travarem uma batalha eleitoral pelos dois maiores colégios eleitorais do Estado, Campo Grande e Dourados, onde terão candidatos, PSDB e PP caminharão juntos em vários municípios reeditando a aliança que elegeu Eduardo Riedel (PSDB-MS) governador. A engenharia politica está sendo montada por suas duas principais lideranças partidárias, o presidente tucano Reinaldo Azambuja e a senadora Tereza Cristina (PP-MS). “Existem alguns municípios onde teremos um embate, sim, é verdade, porém, não existe animosidade entre os dois partidos e muito menos entre suas principais lideranças”, afirmou o ex-governador. Ele argumenta que o PSDB e o PP terão mais municípios onde deverão caminhar juntos nas eleições do que cidades onde vão se enfrentar. “Vamos lançar candidaturas próprias a prefeito onde for possível. Onde não for, vai compor com siglas aliadas, como o PP, o MDB e o PSB, entre outros”, disse, revelando que o número de cidades onde o PSDB vai caminhar com o PP e com demais aliados deve aumentar.
Aliança 1
Segundo a senadora Tereza Cristina (PP), não dá para afirmar que é uma reedição da aliança das eleições de 2022 porque cada eleição tem uma condução própria. “Porém, não podemos negar que o PP e o PSDB têm muitas coisas em comum, não é de agora, e que há muito tempo formamos alianças de sucesso”, afirmou. A senadora também entende que o fato de pelo menos em 20 municípios ter como cabeça de chapa candidaturas do PP é, de certa forma, uma retribuição do PSDB ao trabalho que os prefeitos do partido desempenharam na campanha eleitoral de 2022 para eleger Eduardo Riedel governador. “Os prefeitos do PP entraram de cabeça na campanha do Riedel, e acredito que o apoio de agora é uma forma do PSDB retribuir”, disse. Ela ainda ressalta que, onde não for possível fazer uma parceria com o PSDB, o partido está de portas abertas para formar alianças com outras legendas em MS.
Aliança 2
O acordo da aliança entre PSDB E PP já foi costurado em duas dezenas de municípios, sendo o último deles com o apoio a reeleição de Vanda Camilo (PP) em Sidrolândia. Além de Sidrolândia, os dois partidos também formarão aliança partidária em Coxim, Aparecida do Taboado, Fátima do Sul, Nova Alvorada do Sul, Rio Verde, Sonora, Camapuã, Inocência, Laguna Carapã, Alcinópolis, Figueirão, Três Lagoas, Ponta Porã, Aquidauana, Maracaju, Ivinhema, Paranaíba, Porto Murtinho e Bonito.
Dos municípios onde o PSDB e o PP vão caminhar juntos nas eleições municipais deste ano, 12 terão candidatos progressistas como cabeças de chapa na majoritária, sendo eles Sidrolândia, Coxim, Aparecida do Taboado, Fátima do Sul, Nova Alvorada do Sul, Rio Verde, Sonora, Camapuã, Inocência, Laguna Carapã, Alcinópolis e Figueirão. Já o PSDB terá candidatos como cabeças de chapa na majoritária em oito municípios, sendo eles Três Lagoas, Ponta Porã, Aquidauana, Maracaju, Ivinhema, Paranaíba, Porto Murtinho e Bonito.
Pós-Carnaval
O Carnaval ainda não passou, mas o ano político, com a volta do recesso do Judiciário e do Legislativo, finalmente começa. E a disputa por votos, vereanças e prefeituras nas eleições municipais de outubro está a milhão. Partidos de direita, particularmente Republicanos e Partido Liberal, definiram sua estratégia: atrair mulheres para filiações e candidaturas.
Pós-Carnaval 1
São duas as líderes desse movimento: a senadora Damares Alves, do Republicanos, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do PL. Uma das maneiras de ampliar a base conservadora, e conquistar o público feminino, é cooptando a ciência para caber em sua visão de mundo. Cartilhas com informações sobre aborto, entremeadas com entrevistas pró-vida, são distribuídas. Palestras sobre um suposto aumento nos diagnósticos de autismo são ministradas. Tudo para, nas palavras de Damares, formar o “exército de mulheres” conservadoras.
Por Bosco Martins.