Sesau negocia ampliação de 50 leitos hospitalares em Campo Grande

Foto: Nilson Figueiredo e Roberta Martins
Foto: Nilson Figueiredo e Roberta Martins

Tratativas acontecem enquanto 195 pacientes adultos e 18 crianças aguardam nas UPAS

A Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande) está em tratativas para ampliar a oferta de leitos hospitalares na cidade. Segundo a pasta, o processo segue uma sequência estabelecida por lei, começando pela solicitação aos hospitais públicos. Caso não haja disponibilidade, a busca se estende às instituições filantrópicas e, posteriormente, aos hospitais privados. Sem leitos pediátricos disponíveis em nenhuma unidade, as tratativas discutem ampliação para realização de cirurgias ortopédicas.

Em entrevista ao Jornal O Estado, a secretária de saúde, Rosana Leite, explica que, apesar das solicitações, não há leitos pediátricos disponíveis na Capital. Para os adultos, a Secretaria informou que os hospitais públicos não pode atender à demanda. No setor filantrópico, houve retorno positivo do Hospital do Pênfigo e do Hospital do Câncer, que manifestaram possibilidade de ampliação de vagas para tratamento clínico. A secretária de Saúde explicou o andamento das negociações, realizadas em parceria com o governo do Estado.

“No momento, recebemos retorno positivo do Hospital do Pênfigo e do Hospital do Câncer, e estamos mensurando valores para essa parceria junto ao Governo do Estado. Com isso, poderíamos ampliar 50 leitos”, detalha.

Secretária alerta a população que busque as UBSF em caso de sintomas leves

A Secretária também destacou que a demanda hospitalar tem sido pressionada pelo aumento de traumas, especialmente acidentes automobilísticos. Para atender esses casos, além das negociações com o Hospital do Pênfigo, há tratativas com o Hospital São Julião para a realização de cirurgias ortopédicas de menor complexidade, permitindo que os pacientes sejam operados e liberados no mesmo dia.

Atualmente, o sistema de saúde municipal conta com um monitoramento constante da ocupação hospitalar. A atualização mais recente, feita às 9h da manhã de ontem (2), indicou que 195 pacientes adultos aguardavam por internação, sendo 136 de Campo Grande e 59 do interior. No caso das crianças, haviam 18 na fila, das quais 13 eram da Capital e 4 de municípios vizinhos. Os pacientes permanecem nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou, em alguns casos, em hospitais do interior, até que um leito seja liberado.

As atualizações sobre a fila de espera são feitas a cada duas horas, sendo os dados oficiais consolidados e encaminhados à Secretaria às 9h da manhã e às 9h da noite. A Secretaria segue em diálogo com o Governo do Estado para viabilizar a ampliação dos leitos e reduzir a espera por internações na capital.

Campanha contra a influenza intensificada

A Secretaria de Saúde reforçou a campanha de vacinação contra a Influenza, disponibilizando doses em 74 unidades de saúde desde a última quinta-feira (27). “Inclusive nós antecipamos a campanha, que começou quinta-feira. E é uma vacina que protege contra dois tipos de influenza A, a H1N1 e H3N2, e a influenza B. Ou seja, ela é trivalente. E já começamos a vacinar o público prioritário”, disse a titular da pasta que ainda reforçou a importância das pessoas com sintomas gripais usarem máscaras, bem como, crianças e idoso que estejam sem sintomas, mas que precisem ir a locais de grande aglomeração, como supermercados.

Além disso, Rosana Leite destaca que no próximo sábado (5) será realizada uma ação especial no pátio central, além de um drive-thru no Corpo de Bombeiros, funcionando durante toda a noite, sábado e domingo, instalado pelo Estado.

A imunização também está sendo levada a instituições de longa permanência para idosos, tanto públicas quanto privadas, e EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil). Supermercados também serão pontos estratégicos de vacinação, visando alcançar um grande número de pessoas.

Sobre a testagem para Influenza, a Secretaria esclareceu que a testagem imediata não é um protocolo padrão. Pacientes com sintomas gripais leves não são testados rotineiramente, mas está sendo realizada uma vigilância sentinela, na qual amostras de pacientes são colhidas para monitoramento. Já nos casos graves, os testes são obrigatórios, começando pelo exame de Covid-19. Se o resultado for negativo, procede-se à testagem para Influenza e outros vírus respiratórios.

 

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