Mato Grosso do Sul vem enfrentando uma alta nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nos últimos meses. A Capital não está ilesa desse problema. Com o aumento da demanda, especialmente devido à transferência de pacientes vindos do interior, a Santa Casa está sobrecarregada e vem adotando medidas para conter situações mais graves. Em uma nova ação, o hospital restringiu temporariamente os atendimentos de pediatria devido à superlotação na área vermelha, dedicada a casos graves.
A unidade registra alta demanda de pacientes pediátricos com doenças respiratórias. Atualmente, restam apenas três vagas disponíveis na área vermelha. O hospital informou, em nota, que cinco crianças estão intubadas e que todos os bicos de oxigênio do setor estão ocupados, impossibilitando novos atendimentos emergenciais.
Na área verde, há sete leitos disponíveis para 12 pacientes internados, o que também representa superlotação. “Reforçamos que os demais atendimentos já voltaram à normalidade e seguimos empenhados em garantir assistência médica à população dentro das condições disponíveis”.
Diante do cenário, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) anunciou medidas para reforçar a estrutura hospitalar da Capital. O Hospital São Julião, que já oferecia 20 leitos de clínica médica por meio de contrato com o Estado, teve sua capacidade ampliada com a inclusão de mais 12 leitos clínicos, totalizando 32.
Mudanças foram realizadas também no Hospital Adventista do Pênfigo, que mantém contrato para 15 leitos de UTI adulto e 40 clínicos. A unidade passará a ampliar a produção de cirurgias ortopédicas e gerais.
“Essa medida é estratégica para desafogar os grandes hospitais da rede pública, garantindo mais agilidade aos procedimentos eletivos e melhorando o atendimento à população”, enfatizou a secretaria.
Como parte das ações para melhorar o fluxo de pacientes, no município de Três Lagoas, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé será reforçado com a implantação de 10 leitos de UTI Pediátrica. A iniciativa busca ampliar a capacidade de atendimento intensivo infantil na região, que também apresenta aumento na demanda por atendimentos.
Por Inez Nazira
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