Quase um ano da Operação “Abre-te Sésamo”, famílias continuam no “Carandirú”

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Cerca de 200 pessoas vivem de forma irregular no residencial invadido há 30 anos

Prestes a completar um ano da operação “Abre-te Sésamo” contra a criminalidade, no condomínio “Carandirú” no dia 08 de junho de 2023, cerca de 39 famílias totalizando 200 pessoas ainda vivem de forma irregular no local, a prefeitura de Campo Grande segue buscando solução para resolver o problema de falta de habitação.

De acordo com a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) o caso em questão trata-se de ocupação de imóvel particular, cuja reintegração de posse foi judicializada.

Conforme o levantamento realizado pelo Nufamd(Núcleo de Fazenda Pública, Moradia e Direitos Sociais da Procuradoria Pública do Mato Grosso do Sul, incluso no processo, o Residencial Athenas encontra-se ocupado por 39 famílias.

Durante a operação, estas foram atendidas pela SAS (Secretaria de Assistência Social) e orientadas a realizar o cadastro nas agências de habitação. Durante o processo, a Emha tem realizado estudos e encontra-se aberta para orientar e prestar atendimento para as famílias que desejarem se inscrever nos programas emergenciais vigentes.

Mais de três décadas da invasão

Construído em 1994 pela Degrau Ltda., que faliu e acabou não concluindo a obra, o verdadeiro nome do residencial é Athenas e contaria com três quartos, sala, cozinha e dois banheiros. Mas, logo depois, ficou conhecido como “Carandirú” devido às suas características. Com três blocos sem pintura, muros ou calçada, as pichações colorem diversos pontos do condomínio, que abriga 46 famílias de forma irregular.

Muitos dos residentes, que vivem há quase 20 anos no local, estão em situação de vulnerabilidade econômica, sem emprego ou renda fixa. À época, apenas uma parte do residencial havia sido invadida, tendo em vista que outro bloco já estava concluído e vendido. Para o fornecimento de água e energia, foi preciso entrar em uma briga judicial. Ao entrarem na Defensoria Pública, os moradores ganharam o direito de uso.

Com o passar dos anos, o condomínio se tornou palco de tráfico de drogas, furtos e roubos, preocupando quem reside no entorno.

Por Thays Schneider

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *