Deputados voltam a defender a inclusão da nomenclatura no logotipo dos órgãos estaduais
Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul voltaram a debater sobre a importância da inclusão de “O Estado do Pantanal”, no nome do Estado. Polêmica outrora, a nomenclatura é bem-vista para alguns sul-mato-grossenses, enquanto para outros, a mudança é tida como desnecessária. O jornal O Estado foi até o centro de Campo Grande, para ver qual a opinião das pessoas. Foi feita a seguinte pergunta: “você concorda com a inclusão ao nome de MS?”.
Nas ruas do centro de Campo Grande, a população se mostrou dividida entre aqueles que apoiaram a ideia e os que acreditam que este assunto ampliaria as discussões com o Estado vizinho, como é o caso do empresário Marlon dos Santos, 29. “Acho que isso daria uma briga ainda maior com Mato Grosso. O Pantanal também está com ele, acho que tiraria a identidade do Estado vizinho”, pontuou.
Por outro lado, há quem opine que a mudança seria positiva, como a diarista Elizamara Araújo, 40 anos. “Será perfeito. Nos outros Estados brasileiros, a maioria não lembra de MS, isso daria uma independência para nós. Seriamos um Estado de nome único”, opinou.
Na última sessão da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), na quinta-feira (1º), o assunto voltou ao debate, com a apresentação do projeto de lei 160 de 2023 – acrescentando o inciso III ao artigo 2º da lei 4.702 de 2015 – proposto pelo deputado estadual Junior Mochi (MDB), que determina ainclusão da nomenclatura “O Estado do Pantanal” junto ao logotipo dos órgãos estaduais.
O projeto não muda o nome do Estado.
Ao jornal O Estado, Mochi justificou que a inclusão possibilitará a apropriação da grife que é a região pantaneira, ressaltando que MS tem dois terços do Pantanal. “A maior parte da área do Pantanal está dentro do Mato Grosso do Sul. Portanto, a marca ‘Pantanal’ tem uma importância significativa, pois representa não apenas um ecossistema único e diversificado, mas também todo o potencial econômico, cultural e turístico associado a essa região”, destacou Mochi.
Segundo ainda o deputado, com relação ao turismo ecológico, o Pantanal oferece oportunidades únicas para a observação da fauna e flora, passeios de barco, caminhadas e atividades de pesca esportiva. “O Pantanal também tem um rico patrimônio cultural, com comunidades tradicionais que vivem em harmonia com o ambiente há gerações, como os pantaneiros. Suas tradições, conhecimentos, folclore e práticas de manejo sustentável fazem parte da identidade cultural do Mato Grosso do Sul”, destacou.
Na ocasião, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) pediu para assinar o projeto e pontuou que nunca é tarde para retomar a discussão. “Sou totalmente favorável à mudança do nome do Estado. Primeiro, porque MS definitivamente não emplacou e em outras unidades da Federação somos confundidos com Mato Grosso. Não temos identidade própria. E segundo, pelo apelo ecológico. O nome ‘Pantanal’ nos projetaria nacional e mundialmente como um Estado marcado pelas riquezas naturais, o que poderia alavancar ainda mais o setor turístico, nos obrigando a desenvolver uma política de preservação do patrimônio ambiental e sustentabilidade”, defendeu ele.
No ponto de vista de Kemp, a mudança daria fim à confusão dos nomes. “Nunca mais seremos confundidos, mas, ao contrário, seremos lembrados como a terra dos tuiuiús, das araras, dos jacarés, da onça-pintada, dos camalotes, da chipa e do tereré, dos ipês, do Forte Coimbra, dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas, do povo diverso acolhedor e hospitaleiro que aqui vive”, pontuou.
Recordando o assunto, o deputado estadual Zeca do PT (PT) afirmou já ter discutido sobre a troca do nome do Estado, ainda em seu governo. Zeca ainda lamentou que o Estado tenha + Adicionar nova categoria perdido turistas para o Estado vizinho e defendeu a mudança, reforçando que, se o vizinho reclamar, pode ser chamado de “Pantanal do Norte, para saber o que é bom para tosse”.
O presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP) e os deputados Pedro Kemp (PT), Zeca do PT e Mara Caseiro (PSDB) destacaram a importância do projeto para Mato Grosso do Sul. Os parlamentares, inclusive, apoiam a ação, que deve projetar o Estado mundialmente.
Por Brenda Leitte– Jornal O Estado do MS.
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